Política

Acordo entre PCC e CV exige união do Estado no combate ao crime organizado

Acordo entre PCC e CV pode intensificar operações criminosas no Brasil. Proposta de emenda à Constituição visa integrar forças de segurança no combate ao crime. Mensagens interceptadas revelam interesse em flexibilizar regime de prisões. Aliança entre facções pode aumentar tráfico de drogas e armas no país. Necessidade de articulação entre governos para enfrentar criminalidade crescente.

Agentes fazem perícia no local onde delator do PCC foi executado (Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

Agentes fazem perícia no local onde delator do PCC foi executado (Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

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A recente aliança entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), após quase uma década de conflitos, evidencia a necessidade urgente de integração entre os governos federal, estadual e municipal no combate ao crime organizado. Mensagens interceptadas por forças de segurança revelam que o principal objetivo dessa união é a flexibilização do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que impõe severas restrições aos líderes das facções nas prisões federais. Além disso, essa aliança visa coordenar as atividades criminosas em todo o Brasil.

A união entre PCC e CV representa um desafio significativo para o Estado, com potenciais implicações nas instituições democráticas, conforme análise de David Marques, coordenador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Brasil, existem mais de 70 organizações criminosas, e a colaboração entre essas facções pode intensificar o tráfico de drogas e armas, além de fortalecer ainda mais suas operações. O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), alerta que essa aliança pode levar ao compartilhamento de rotas e à unificação da assistência jurídica aos membros das facções.

Diante desse cenário, é crucial que governadores, prefeitos e autoridades federais deixem de lado suas divergências para enfrentar a crescente sofisticação da criminalidade. A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, elaborada pelo Ministério da Justiça, é vista como uma medida essencial para a ação integrada das forças policiais. O ministro Ricardo Lewandowski fez ajustes no texto para facilitar sua tramitação, incluindo a participação das Guardas Municipais no policiamento comunitário.

O Brasil, atualmente, enfrenta um desafio semelhante ao dos Estados Unidos no início do século XX, quando foi criado o FBI para combater o crime organizado. A necessidade é de uma atuação mais lógica e cooperativa entre a Justiça e as diversas forças policiais, superando a visão de que a segurança pública é uma atribuição exclusiva dos estados. A realidade exige uma abordagem integrada para lidar com a complexidade do crime organizado no país.

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