Política

Militares são punidos por desvio de alimentos no Colégio Militar do Recife

O Superior Tribunal Militar condenou sete militares por corrupção no Colégio Militar do Recife. As penas variam de cinco a sete anos; a maioria foi excluída das Forças Armadas. O esquema de desvio de alimentos funcionava desde 2016, revelado em 2019. Um sargento manipulava o sistema de controle para encobrir as irregularidades. Denúncias indicaram ameaças a quem tentava expor o esquema corrupto.

Os envolvidos utilizavam a expressão 'Dia dos Dez Mirréis' para designar as datas em que os desvios ocorriam. (Foto: Divulgação)

Os envolvidos utilizavam a expressão 'Dia dos Dez Mirréis' para designar as datas em que os desvios ocorriam. (Foto: Divulgação)

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O Superior Tribunal Militar (STM) condenou sete militares por corrupção no Colégio Militar do Recife (CMR). A decisão, divulgada nesta quinta-feira (6), revela que o grupo, composto por um capitão, três sargentos, dois cabos e um soldado, desviava alimentos destinados ao rancho da unidade. As penas variam de cinco a sete anos de reclusão, e todos, exceto o capitão, foram excluídos das Forças Armadas. O capitão enfrentará um processo para perda de posto e patente.

O esquema de desvio funcionava desde 2016 e foi descoberto em agosto de 2019, quando um cabo gravou um vídeo mostrando o uso de uma viatura militar para transportar alimentos. As imagens mostraram militares transferindo caixas de carne e outros produtos para veículos particulares, evidenciando a fraude. As investigações indicaram que os alimentos eram retirados clandestinamente da câmara frigorífica após o expediente.

Os envolvidos utilizavam a expressão "Dia dos Dez Mirréis" para se referir às datas dos desvios. Um sargento manipulava o sistema de controle de estoque, conhecido como SISCOFIS, para ocultar as saídas de produtos. Além disso, houve relatos de ameaças a militares que tentaram denunciar o esquema, o que dificultou a investigação.

A denúncia formalizada em 2020 apontou um prejuízo estimado de R$ 69.533,08. Inicialmente, a Justiça Militar da União em Recife absolveu os réus por falta de provas, mas o Ministério Público Militar recorreu ao STM, que reformou a sentença, considerando as evidências suficientes para a condenação.

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