Bancada do PT e deputadas pedem cassação de Gustavo Gayer por ataques a Gleisi Hoffmann

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, anunciou que tomará medidas judiciais contra parlamentares bolsonaristas que a atacaram após uma declaração do presidente Lula. Nesta quarta-feira, Lula afirmou que escolheu uma “mulher bonita” para liderar a articulação política, o que foi interpretado como uma fala misógina e utilizada pela oposição para criticar a ministra, incluindo o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

Gleisi confirmou que a bancada do PT está preparando ações legais contra Gayer, que será alvo de um pedido de cassação de mandato na Câmara dos Deputados e de uma ação criminal na Justiça. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou que o movimento conta com o apoio de diversas deputadas que se sentem ofendidas pelos ataques. “Vamos entrar com pedidos de cassação no Conselho de Ética da Câmara e também com uma denúncia criminal na Procuradoria-Geral da República”, afirmou.

Em uma postagem no X, Gayer provocou Lindbergh, que é namorado de Gleisi desde 2020, insinuando que o presidente estava oferecendo a ministra a outros parlamentares. Lindbergh respondeu às ofensas, chamando Gayer de “canalha, vagabundo e assassino”. O líder do PT também lembrou que Gayer esteve envolvido em um acidente de trânsito em 2000, que resultou na morte de duas pessoas, o que intensificou a polêmica.

A situação gerou um clima de tensão no Congresso, com a bancada do PT se mobilizando para responder aos ataques. Gleisi e Lindbergh expressaram indignação, destacando a necessidade de combater a misoginia e a desinformação no ambiente político. As ações judiciais visam não apenas proteger a honra da ministra, mas também enviar uma mensagem clara contra a violência verbal e os ataques pessoais.