20 de mar 2025
Gleisi Hoffmann processa Gustavo Gayer no STF por declarações machistas e pede R$ 30 mil
Gleisi Hoffmann processa deputado por machismo e pede R$ 30 mil em danos morais, destacando a violência política de gênero em suas declarações.
Deputado Gustavo Gayer (PL-GO) (Foto: Mário Agra - 29.out.2024/Câmara dos Deputados)
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), protocolou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) devido a declarações machistas feitas por ele. Gleisi solicita a condenação do parlamentar e uma indenização de R$ 30 mil por danos morais, alegando que as atitudes de Gayer visam "constranger e humilhar" mulheres em posições de poder. A defesa da ministra enfatiza que tais comportamentos são inaceitáveis em um país que busca combater a violência política de gênero.
As declarações de Gayer surgiram após uma fala do presidente Lula, que mencionou ter escolhido uma "mulher bonita" para a articulação política, o que foi interpretado como uma atitude machista. O deputado insinuou que Gleisi poderia ser "oferecida" a outros líderes políticos, comparando Lula a um "cafetão". Além disso, ele sugeriu que Gleisi, Lindbergh Farias (seu namorado e líder do PT na Câmara) e Davi Alcolumbre (presidente do Senado) formariam um "trisal". Essas postagens foram posteriormente apagadas.
A queixa-crime destaca que a conduta de Gayer não apenas fere a ética esperada de um parlamentar, mas também agrava a misoginia no ambiente político. A defesa argumenta que a exposição de uma figura feminina em um cargo de relevância a comentários depreciativos compromete a ordem pública e o Estado Democrático de Direito. O Partido dos Trabalhadores (PT) também tomou medidas, acionando o Conselho de Ética da Câmara para investigar Gayer.
Além da ação de Gleisi, Lindbergh Farias também protocolou ações judiciais contra Gayer, buscando responsabilizá-lo por suas declarações. O clima de tensão se intensificou, com Alcolumbre anunciando que processaria o deputado por suas falas. Em meio a essa controvérsia, Gleisi defendeu Lula, afirmando que "gestos são mais importantes que palavras" e criticou os ataques de adversários políticos, destacando a necessidade de um ambiente político mais respeitoso.
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