Vista geral de cima de uma barragem da Samarco, que tem a Vale e a BHP Billiton como acionistas, que rompeu em Mariana (MG) (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

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BHP enfrenta riscos com acionistas em julgamento sobre tragédia de Mariana, alerta advogado - BHP enfrenta riscos com acionistas em julgamento sobre tragédia de Mariana, alerta advogado

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O advogado Tom Goodhead, que representa vítimas e municípios no processo contra a BHP pelo rompimento da barragem de Mariana, criticou o comportamento da mineradora, comparando-o a uma "roleta russa" que pode impactar diretamente a Vale (VALE3), sócia da BHP na Samarco. Embora a Vale não seja ré, ela concordou em arcar com metade dos prejuízos em caso de condenação. A expectativa é que uma decisão da justiça britânica ocorra em julho, após o término da fase de alegações.

Goodhead destacou que o valor reivindicado pelas vítimas, R$ 260 bilhões, foi calculado por consultorias e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), e não é um número aleatório. Ele alertou que a BHP sugere que qualquer pagamento só será realizado após 2028, o que, segundo ele, pode levar a Vale a enfrentar sérios problemas financeiros devido aos juros acumulados. O advogado também mencionou que, se houver condenação, pedirá uma antecipação de pagamentos, que pode variar entre R$ 1,2 bilhão e até 75% do total da indenização.

O julgamento em Londres, que começou em outubro de 2024, terminou nesta quinta-feira (13) e a sentença deve ser divulgada nos próximos meses. Se favorável às vítimas, o processo poderá entrar em uma nova fase sobre o valor das indenizações entre 2026 e 2027. Goodhead criticou o acordo de repactuação assinado no Brasil, afirmando que ele não afetará a decisão britânica e ironizando a postura da BHP, que nega responsabilidade na Inglaterra, mas assinou um acordo de R$ 170 bilhões no Brasil.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte, também se manifestou, afirmando que o acordo brasileiro é insuficiente e que a condenação na Inglaterra poderia resultar em R$ 28 bilhões para a cidade. Gelvana Rodrigues, uma das vítimas, expressou alívio com o fim do julgamento, ressaltando a esperança de que a justiça seja feita no Reino Unido. A BHP, por sua vez, defendeu suas ações e reiterou seu compromisso com a reparação das vítimas e do meio ambiente, afirmando que já foram pagos R$ 9,5 bilhões em indenizações no Brasil.

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