14 de mar 2025
Baby do Brasil se pronuncia sobre polêmica do perdão a agressores de abuso sexual
Baby do Brasil pediu perdão a agressores em culto, gerando polêmica e críticas. A deputada Sâmia Bomfim acionou o Ministério Público por incitação ao crime. Dados alarmantes mostram aumento de 91,5% em casos de abuso sexual no Brasil. Renato Ratier, proprietário da D Edge, repudiou as declarações de Baby publicamente. O culto, que misturou música e pregação, levantou questões sobre "cura gay" e diversidade.
A cantora Baby do Brasil durante culto evangélico na boate D-Edge, em São Paulo (Foto: Reprodução)
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A cantora Baby do Brasil gerou polêmica ao pedir, durante um culto em São Paulo, que vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores, incluindo familiares. Em resposta à repercussão, ela esclareceu nas redes sociais que seu pedido se referia ao "perdão bíblico", enfatizando que isso não isenta os agressores de suas responsabilidades. Baby, que também é pastora evangélica, afirmou ser contra qualquer tipo de abuso e que entrega a Deus as críticas que recebeu, pedindo perdão àqueles que a atacaram.
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acionou o Ministério Público de São Paulo para investigar as declarações de Baby, considerando-as incitação ao crime e condescendência criminosa. Ela argumentou que o discurso da cantora, amplamente divulgado, ultrapassa os limites da liberdade religiosa e pode favorecer a impunidade de crimes graves, como os de violência sexual. Sâmia citou dados alarmantes sobre o aumento de casos de abuso no Brasil, reforçando a gravidade da situação.
O culto, realizado na boate D-Edge, foi o primeiro evento desse tipo no local, que normalmente é uma casa noturna. O proprietário, Renato Ratier, repudiou as falas de Baby, afirmando que não refletem seus valores e que é contra qualquer forma de abuso. Ele também pediu que a cantora se pronunciasse publicamente sobre suas declarações, destacando a necessidade de responsabilização em casos de crimes.
Além das críticas a Baby, a deputada solicitou que o MP-SP investigue a D-Edge por omissão, já que o empresário não tomou medidas para impedir a disseminação de discursos potencialmente criminosos. O evento, que atraiu cerca de 150 fiéis, gerou reações negativas nas redes sociais, com internautas questionando a promoção de valores de diversidade no espaço e criticando a suposta "cura gay" mencionada durante o culto.
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