17 de mar 2025
Polícia Federal investiga Movebuss e Transunião por vínculos com o PCC
Movebuss e Transunião estão sob investigação por ligações com o PCC. Patrícia Soriano, irmã de líder do PCC, recebeu R$ 228 mil da Movebuss. Transunião é ligada a ex diretor assassinado e movimentações suspeitas. Jair Ramos de Freitas teve aumento de 1.000% em movimentações financeiras. Ambas as empresas negam envolvimento com crime organizado e colaboram.
Ônibus da Transunião (Foto: Abraão Cruz/TV Globo)
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A Polícia Federal investiga as empresas de ônibus Movebuss e Transunião por supostas ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação, parte da Operação Mafiusi, apura a conexão entre o PCC e a Ndrangheta, grupo mafioso italiano. Neste ano, a Prefeitura de São Paulo já rompeu contratos com a Transwolff e a UPBus por envolvimento semelhante.
A PF identificou que Patrícia Soriano, irmã de um dos líderes do PCC, recebeu quase R$ 228 mil da Movebuss entre 2020 e 2022, em depósitos fragmentados. A investigação aponta que Patrícia omitiu esses valores em suas declarações de renda, e seu padrão de vida é considerado incompatível com a renda declarada. Fotos nas redes sociais mostram suas filhas com roupas de grife e em viagens luxuosas.
A Transunião, que opera 51 linhas na Zona Leste de São Paulo, também é alvo da investigação. Um ex-diretor da empresa foi assassinado em 2020, e a PF encontrou movimentações financeiras de mais de R$ 32 milhões nas contas de Jair Ramos de Freitas, um dos suspeitos do crime. A PF concluiu que a renda de Jair aumentou mais de 1.000% entre 2020 e 2021, sem notas fiscais que justifiquem os repasses.
Ambas as empresas negam envolvimento com atividades criminosas. A Transunião afirmou estar à disposição da polícia para colaborar, enquanto a Movebuss alegou que os pagamentos a Patrícia são referentes ao aluguel de ônibus. A defesa de Jair Ramos também defende a legalidade dos valores recebidos. A TV Globo não conseguiu contato com Patrícia Soriano.
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