20 de mar 2025
UpBus processa Prefeitura de SP após intervenção por supostos laços com o PCC
A UpBus questiona na Justiça a prorrogação da intervenção da Prefeitura de São Paulo, enquanto o prefeito anuncia rompimento de contratos.
"As possíveis articulações de Ricardo Nunes (MDB) têm irritado o entorno do prefeito (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)"
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A empresa de ônibus UpBus moveu uma ação judicial contra a Prefeitura de São Paulo, contestando a intervenção em suas operações. A medida foi motivada por acusações de que a empresa teria ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Em abril de 2024, a UpBus foi alvo de uma intervenção após investigações do Ministério Público que indicaram que a empresa poderia ter sido criada para lavar dinheiro proveniente de atividades criminosas, como o tráfico de drogas.
Na ação, a UpBus argumenta que a intervenção deveria ter um limite de 180 dias, que já foi ultrapassado. A empresa solicita a devolução das linhas que opera na zona leste da cidade, alegando que a prorrogação da intervenção é ilegal. O prazo inicial para o término da intervenção era 6 de novembro de 2024, mas houve sucessivas prorrogações. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou a ação, afirmando que a UpBus "não serve" para o transporte público da cidade e que, caso a empresa insista na via judicial, a Prefeitura pode decretar a caducidade do contrato.
Atualmente, a UpBus opera 13 linhas na zona leste, atendendo cerca de 70 mil passageiros diariamente. Juntamente com a Transwolff, também acusada de vínculos com o PCC, a empresa passou pela intervenção da Prefeitura. Em janeiro de 2025, a Prefeitura anunciou o rompimento dos contratos com ambas as empresas e iniciou um processo de transição para novos operadores. A Alfa RodoBus assumirá as linhas da UpBus, enquanto a Sancetur ficará responsável pelas operações da Transwolff.
O prefeito Nunes detalhou que a UpBus apresentou uma proposta para a venda da empresa, mas reafirmou que a Prefeitura não considera a empresa apta a continuar prestando serviços. Ele destacou que, se a UpBus não aceitar a venda para uma empresa que atenda aos critérios da Prefeitura, o processo de licitação será acelerado. A situação da UpBus reflete um esforço da administração municipal para garantir a qualidade do transporte público em São Paulo, em meio a preocupações sobre a segurança e a integridade das operações.
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