17 de mar 2025
Duda Salabert pede prisão de Bolsonaro por discurso antidemocrático em Copacabana
A deputada Duda Salabert pediu a prisão de Jair Bolsonaro por incitação à violência. Bolsonaro defendeu anistia a condenados dos atos de 8 de janeiro em Copacabana. O projeto de anistia enfrenta resistência no Congresso e pode ser judicializado. Mais de 600 envolvidos nos atos rejeitaram acordo de não persecução penal. A manifestação de Bolsonaro teve público muito abaixo do esperado, gerando críticas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Pablo Porciuncula/AFP)
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A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) acionou o Ministério Público Federal (MPF) pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após suas declarações durante um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo, 16. Segundo Salabert, as falas de Bolsonaro incitam animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constitucionais, além de questionarem a legalidade do processo democrático. A deputada argumenta que a continuidade de Bolsonaro em liberdade representa uma grave ameaça à ordem democrática, alimentando a insatisfação de grupos extremistas.
Durante o evento, Bolsonaro questionou: "Nosso governo fez o seu trabalho, por que perdeu a eleição?", o que, segundo Salabert, reforça um discurso que pode incitar novos atos violentos. Além do pedido de prisão, a deputada solicitou a investigação das declarações do ex-presidente e medidas como a proibição do uso de redes sociais. O ato, que teve uma participação muito abaixo do esperado, foi estimado em 30 mil pessoas pelo Datafolha, enquanto a PM do Rio alegou que 400 mil compareceram, sem esclarecer a metodologia utilizada.
O ex-presidente também defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, afirmando que muitos são inocentes. "Hoje vamos falar sobre a vida de inocentes," disse ele, citando casos de mulheres idosas que, segundo ele, estariam sendo perseguidas injustamente. No entanto, dados do Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que a maioria dos acusados teve a oportunidade de aceitar acordos de não persecução penal, mas muitos recusaram, preferindo enfrentar as acusações.
A proposta de anistia, considerada um "jogo de cena" por líderes do Centrão, visa pressionar o Congresso e o STF. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, afirmou que já possui os votos necessários para aprovar a anistia, enquanto o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, expressou que a anistia não deve ser aprovada antes que todas as ações relacionadas aos atos golpistas sejam analisadas pelo STF. A situação continua a gerar debates acalorados no cenário político brasileiro, com diferentes interpretações sobre a legitimidade das ações de Bolsonaro e a resposta do Congresso.
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