18 de mar 2025
Polícia Federal investiga corrupção e venda de informações sigilosas do STJ
A Polícia Federal (PF) iniciou nova fase da Operação Sisamnes no Tocantins. A operação investiga obstrução de Justiça e venda de informações do STJ. Mandados de prisão e busca foram cumpridos, com medidas cautelares impostas. A PF já havia realizado fases anteriores, revelando esquema de corrupção. Indivíduos envolvidos incluem advogados, lobistas e magistrados do STJ.
PF prende ex-PM ligado à contravenção no Rio em academia de Niterói (Foto: Reprodução/ Polícia Federal)
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira uma operação para investigar obstrução de Justiça, corrupção e violação do sigilo profissional. A ação visa desmantelar uma rede clandestina que monitorava e vendia informações sensíveis controladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, essa prática prejudicava as operações policiais que dependiam de decisões do STJ. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão no Tocantins.
Além das prisões, foram determinadas medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas, proibição de contato e saída do país, e o recolhimento de passaporte. Esta ação é uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no STJ. Em dezembro, a PF já havia realizado a segunda fase da operação, resultando na prisão de um suspeito no Mato Grosso, enquanto investigava lavagem de dinheiro relacionada ao esquema.
As investigações revelaram um esquema que envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Em novembro, a PF cumpriu um mandado de prisão e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, resultando na prisão de Anderson de Oliveira Gonçalves, identificado como lobista do esquema. O juiz Zanin destacou que Gonçalves teve uma "decisiva função no verdadeiro comércio de decisões judiciais" no STJ.
A PF identificou operações imobiliárias suspeitas realizadas pelos investigados, que visavam disfarçar a origem ilícita do dinheiro utilizado na compra de imóveis e veículos. A operação atual busca aprofundar as investigações sobre a venda de decisões judiciais, evidenciando a gravidade do esquema que compromete a integridade do sistema judiciário.
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