25 de mar 2025
Defesa de Bolsonaro afirma que Mauro Cid confirmou versão da Polícia Federal no STF
Advogado de Jair Bolsonaro contesta acusações de golpe, alegando falta de provas e pressão sobre delator. Julgamento é suspenso e será retomado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado de seu advogado, Celso Vilardi, durante julgamento na Primeira Turma do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro no julgamento sobre a acusação de tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Cid, corroborou a versão da Polícia Federal (PF). Vilardi argumentou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) se baseou apenas na delação de Cid, a qual, segundo ele, deveria ser anulada. O advogado também destacou que a acusação não apresenta provas que conectem Bolsonaro aos eventos de 8 de janeiro.
Durante a sessão, Vilardi citou uma reportagem de VEJA que revelou um áudio em que Cid afirma ter sido pressionado pela PF a relatar informações que não ocorreram. Ele criticou a abordagem da investigação, afirmando que a PF não buscou provas para corroborar as declarações de Cid, mas sim que o Estado apresentou indícios que Cid se adaptou. O advogado enfatizou que a suposta participação de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro não foi mencionada pela PF, sendo apenas incluída na denúncia da PGR.
O julgamento, que ocorre na Primeira Turma do STF, teve início com a leitura do resumo do processo pelo relator, Alexandre de Moraes, e a apresentação dos principais pontos da acusação pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Além de Bolsonaro, outros acusados incluem generais e ex-ministros de seu governo, como Walter Braga Netto e Augusto Heleno. A sessão foi suspensa e será retomada às 14h, com a leitura do relatório e o voto de Moraes, que deve defender a aceitação das denúncias contra todos os envolvidos.
A cobertura do julgamento está sendo acompanhada em tempo real, com a possibilidade de uma sessão extra convocada para a manhã do dia 26 de março. Os demais ministros do colegiado, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, poderão começar a votar se o tempo permitir. A expectativa é que a análise dos argumentos apresentados pelos advogados e pela acusação continue a ser debatida intensamente.
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