Marine Le Pen é condenada por desvio de fundos da União Europeia em julgamento decisivo

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, enfrenta um futuro político incerto após ser considerada culpada em um processo de desvio de fundos da União Europeia. O veredicto foi proferido por juízes em Paris, e a sentença ainda não foi divulgada. Caso Le Pen seja condenada, ela poderá enfrentar uma multa de €300.000 e uma pena de prisão, além de uma proibição imediata de cinco anos para ocupar cargos públicos, o que inviabilizaria sua candidatura à presidência em 2027.

Le Pen e outros membros do seu partido, o Rassemblement National, são acusados de desviar mais de €3 milhões de verbas do Parlamento Europeu para pagar funcionários que atuavam em assuntos do partido na França. A líder nega as acusações, afirmando que não cometeu "a menor irregularidade", e classifica o processo como uma caça às bruxas política. Os promotores pediram que a proibição de Le Pen para cargos públicos fosse aplicada imediatamente, sem esperar por um possível recurso.

A expectativa é que Le Pen recorra da decisão, caso seja condenada. Em entrevista, ela expressou esperança de que os juízes mostrem clemência, ressaltando que a "execução provisória" da pena poderia ter um impacto significativo sobre o futuro do seu movimento político. O julgamento ocorre em um momento em que o Rassemblement National tem ganhado força, tendo conquistado a primeira rodada de uma eleição parlamentar antecipada no ano passado.

A situação política na França se tornou caótica após o presidente Emmanuel Macron convocar uma eleição antecipada após uma derrota significativa nas eleições da União Europeia. O governo centrista, liderado por Michel Barnier, enfrentou dificuldades para aprovar o orçamento de 2025, resultando na formação de um novo governo sob François Bayrou, que conseguiu aprovar o orçamento, mas continua vulnerável a pressões políticas.