Política

Juiz aposentado é denunciado por falsidade ideológica após viver com identidade falsa por 45 anos

Juiz aposentado usou identidade falsa por 45 anos, se chamando Edward Wickfield. Descoberta ocorreu ao solicitar segunda via de identidade no Poupatempo. Documentos falsos incluíam certidão de nascimento e título de eleitor. Recebeu R$ 155 mil em janeiro, mesmo com identidade falsa. Ministério Público denuncia por falsidade ideológica, processo em segredo de Justiça.

Sede do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) (Foto: Reprodução)

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Um juiz aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo foi denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica, após utilizar uma identidade falsa durante quase 45 anos. O verdadeiro nome do magistrado é José Eduardo Franco dos Reis, enquanto ele se apresentava como Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, alegando ser descendente de nobres ingleses. A descoberta ocorreu quando ele solicitou a segunda via da carteira de identidade no Poupatempo, onde a verificação de digitais revelou a duplicidade de identidade.

A investigação da Polícia Civil revelou que, para obter a nova identidade, o juiz apresentou documentos falsos, incluindo uma certidão de nascimento e um certificado de reservista do Exército. O promotor Maurício Salvadori destacou que a falta de integração entre os sistemas de documentos facilitou a falsificação. O juiz, que se formou em Direito na Universidade de São Paulo e foi aprovado no concurso para a magistratura em mil novecentos e noventa e seis, se aposentou em dois mil e dezoito.

Durante sua carreira, ele julgou milhares de processos sem que as partes envolvidas soubessem que estavam diante de um magistrado com identidade falsa. O Ministério Público ressaltou que o acusado enganou instituições públicas e jurisdicionados por mais de quatro décadas, mantendo sua identidade real em paralelo à falsa. Em janeiro deste ano, ele recebeu R$ 155 mil dos cofres públicos, sendo R$ 37,7 mil de remuneração e mais de R$ 120 mil em vantagens eventuais.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que não comentará o caso, que tramita em segredo de Justiça. A defesa do juiz não foi localizada até o momento. O processo segue na 29ª Vara Criminal da Capital, onde a denúncia foi formalizada.

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