07 de abr 2025
Italianos da máfia se estabelecem na Colômbia para expandir tráfico de cocaína
A máfia italiana intensifica suas operações na Colômbia, com prisões recentes de líderes como Emanuele Gregorini, revelando uma aliança com o Gulf Clan para o tráfico de cocaína.
Um soldado colombiano em Antioquia, Colômbia, em 5 de maio de 2022. (Foto: Juancho Torres/Getty Images)
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A presença da máfia italiana na Colômbia tem se intensificado, com grupos como Camorra e ‘Ndrangheta estabelecendo parcerias com organizações locais, como o Gulf Clan. Recentes prisões de líderes mafiosos, incluindo Emanuele Gregorini, conhecido como “Dollarino”, em Cartagena, evidenciam essa colaboração. Gregorini, procurado em mais de 190 países, era responsável pela logística de transporte de drogas da América do Sul para a Europa.
As autoridades colombianas, em conjunto com a polícia italiana e a Europol, realizaram uma operação que resultou na captura de outros camorristas, como Gustavo Nocella e Luigi Belvedere, em Medellín. Nocella coordenava a logística do transporte de cocaína para Amsterdam, enquanto Belvedere atuava como intermediário com o Gulf Clan, oferecendo até R$ 750 mil por um plano de fuga. A relação entre as máfias italianas e os grupos colombianos se fortaleceu desde a desarticulação dos grandes cartéis nos anos 90.
Especialistas apontam que a máfia italiana busca negociar diretamente com os produtores colombianos para garantir a qualidade da droga e reduzir custos operacionais. Sara García, investigadora da Insight Crime, destaca que a Colômbia se tornou um ponto estratégico para redes internacionais de tráfico, atraindo mafias de diversas origens. A colaboração com grupos locais é vista como essencial para o sucesso das operações.
Apesar dos esforços do governo colombiano para combater o tráfico de drogas, a produção de cocaína continua a crescer. Em 2023, a área cultivada com folhas de coca alcançou 253 mil hectares, cinco vezes mais do que em 2013. A demanda internacional por cocaína, especialmente na Europa, permanece alta, o que incentiva a presença de redes criminosas estrangeiras no país.
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