Política

ONU alerta sobre desaparecimentos sistemáticos no México e governo reage com desdém

ONU denuncia desaparecimentos sistemáticos no México; governo nega e reage a mecanismo inédito que levará a questão à Assembleia Geral.

Uma brigada de busca de pessoas desaparecidas no Ajusco, em Cidade de México, no dia 28 de março. (Foto: Sashenka Gutiérrez/EFE)

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A Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmou que as desaparecimentos no México são “sistemáticos e generalizados”, com mais de 127 mil pessoas desaparecidas. O Comitê contra a Desaparição Forçada da ONU, em resposta à situação, ativou um mecanismo inédito para levar o caso à Assembleia Geral. O governo mexicano, liderado pela administração de Claudia Sheinbaum, reagiu com surpresa e negação, afirmando que não existe uma política de Estado que promova tais práticas.

Dados oficiais revelam que o país enfrenta uma grave crise forense, com mais de 5.600 fossas clandestinas e um alarmante índice de 99% de impunidade para os crimes de desaparecimento forçado. O Comitê, que visitou o México pela primeira vez em 2021, destacou que a situação se agravou, especialmente durante o governo de Andrés Manuel López Obrador, que registrou quase 50 mil desaparecimentos em seu mandato.

A Secretaria de Governança e a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) criticaram as declarações do Comitê, negando a existência de uma crise de desaparecimentos e alegando que as afirmações estão descontextualizadas. A CNDH, sob a direção de Rosario Piedra Ibarra, questionou a eficácia de investigações internacionais, apesar de reconhecer a importância de grupos como o Grupo de Investigadores Expertos Independentes (GIEI) no caso Ayotzinapa.

O presidente do Comitê, Olivier de Frouville, afirmou que a ativação do artigo 34 é uma resposta à informação de que a desaparição forçada ocorre de maneira sistemática no México. O processo para levar a questão à Assembleia Geral pode levar semanas, enquanto o governo mexicano continua a contestar as alegações, afirmando que não consente nem ordena desaparecimentos como parte de uma política estatal.

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