Ednaldo Rodrigues enfrenta turbulências na CBF após afastamento e polêmicas judiciais

A presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sob Ednaldo Rodrigues tem sido marcada por controvérsias. Rodrigues assumiu interinamente em 2021 após o afastamento de Rogério Caboclo, que foi acusado de assédio. Em março de 2022, ele foi eleito presidente, mas enfrentou novos problemas, culminando em seu afastamento em dezembro de 2023 por irregularidades eleitorais, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Após seu afastamento, Rodrigues recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e obteve uma liminar em janeiro de 2024, permitindo que ele reassumisse o cargo. A situação se complicou com a contratação do advogado Pedro Trengrouse, que recebeu R$ 6,5 milhões da CBF. A parceria entre a CBF e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por Gilmar Mendes, se fortaleceu, resultando em novas indicações para a confederação.

Gilmar Mendes, que tem laços com a CBF desde agosto de 2023, aceitou analisar o recurso do PCdoB, que buscava reverter o afastamento de Rodrigues. Em janeiro, Mendes concedeu a liminar, temendo que a ausência de Rodrigues prejudicasse a participação do Brasil nas Olimpíadas de Paris. A relação entre Mendes e a CBF gerou críticas e questionamentos sobre a idoneidade das decisões judiciais relacionadas à confederação.

Em fevereiro de 2024, Mendes homologou um acordo que validou a eleição de Rodrigues em 2022, exigindo que o Tribunal de Justiça do Rio cumprisse a decisão. A parceria entre o IDP e a CBF continua a prosperar, com pelo menos seis novos nomes associados ao instituto ocupando cargos na confederação. A CBF também estabeleceu uma nova filial em Brasília, ampliando sua presença na capital federal.