PGR e AGU apoiam homologação do acordo que valida eleição de Ednaldo Rodrigues na CBF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, manifestaram-se a favor da homologação do acordo que reconhece a legitimidade da eleição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ocorrida em 2022, que elegeu Ednaldo Rodrigues como presidente. O acordo, que encerra uma disputa judicial, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela CBF e assinado por cinco dirigentes e pela Federação Mineira de Futebol. Gonet afirmou que o Ministério Público Federal não vê razões para se opor à homologação.

O acordo protocolado no STF resultou na desistência de recursos que questionavam uma assembleia de 2017, durante a gestão de Marco Polo del Nero, que ainda impactava o processo eleitoral da CBF. O advogado-geral da União também se manifestou pela admissibilidade da homologação, considerando que o acordo não apresenta riscos para a ação direta em questão. Todas as entidades ouvidas, incluindo o Ministério Público do Rio de Janeiro e o PCdoB, apoiaram a homologação.

Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afastou Ednaldo e os vice-presidentes da CBF, alegando ilegalidade na eleição de 2022. O tribunal considerou ilegítima a interferência do Ministério Público na CBF, que havia assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Durante a intervenção, a FIFA e a Conmebol apoiaram Ednaldo, ameaçando excluir seleções e clubes brasileiros de competições internacionais.

Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol, foi eleito em março de 2022 para um mandato de quatro anos. Ele pode convocar novas eleições a partir de março de 2025. Apesar de ter declarado que não se candidatará à reeleição, Ednaldo está considerando a possibilidade de concorrer novamente. O ex-jogador Ronaldo também se posicionou como pré-candidato à presidência da CBF, necessitando do apoio de federações e clubes para viabilizar sua candidatura.