Estudantes pro-Palestina detidos nos EUA geram protestos e questionamentos sobre direitos civis

Mohsen Mahdawi, estudante da Universidade Columbia, foi detido por autoridades de imigração dos EUA durante uma entrevista para cidadania em Colchester, Vermont. Seu advogado afirma que a prisão foi uma retaliação direta por sua participação em protestos pró-Palestina. Rümeysa Öztürk, estudante da Universidade Tufts, também enfrenta detenção em condições precárias, sem evidências concretas contra ela.

Mahdawi, que possui visto de residente permanente desde 2015, co-fundou a Sociedade de Estudantes Palestinos de Columbia e criticou abertamente as ações militares de Israel em Gaza. O juiz William Sessions concedeu uma ordem de restrição temporária para impedir sua remoção do estado. A detenção ocorre em meio a uma crackdown da administração Trump contra estudantes internacionais envolvidos em protestos.

Öztürk, detida há quase três semanas, foi acusada de apoiar atividades relacionadas ao Hamas, mas não foram apresentadas provas. Um relatório do Departamento de Estado indicou que não havia evidências ligando-a a atos de terrorismo. Sua defesa argumenta que ela está sendo punida por sua defesa dos direitos palestinos.

A estudante enfrenta condições de detenção inhumanas, com relatos de múltiplas crises de asma e falta de acesso a medicamentos. O juiz Sessions questionou a legalidade de sua detenção e sugeriu que ela fosse transferida de volta para Vermont. A situação de ambos os estudantes levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e os direitos civis nos EUA.