Ativistas climáticos recebem penas reduzidas após protesto em obra de Raphael na Alemanha

Ativistas ambientais recebem perdão por protesto em galeria de arte na Alemanha

Dois ativistas ambientais foram perdoados após pagarem multas e indenizações por danos à moldura da obra “Madona Sistina”, de Rafael, em 2022. O protesto ocorreu na Galeria de Pinturas dos Mestres Antigos, em Dresden, no dia 23 de agosto.

Os ativistas, membros do grupo alemão Letzte Generation (Última Geração), colaram as mãos na moldura da famosa obra de arte. A pintura não sofreu danos, mas a ação causou prejuízos de cerca de €2.300 devido a resíduos de supercola na proteção da moldura.

A Staatliche Kunstsammlungen Dresden (Coleções de Arte do Estado de Dresden), conhecida como SKD, registrou uma denúncia na promotoria da cidade por “danos à propriedade que prejudicam a comunidade” e iniciou um processo civil por indenização. Os ativistas também foram proibidos de entrar em todas as quinze instituições da SKD.

Em 2023, a promotoria solicitou que cada ativista pagasse €1.500 por “danos comunitários à propriedade”. No ano seguinte, o Tribunal Distrital de Dresden condenou cada um a uma multa de €600 por danos à propriedade, após apelação contra as ordens de pagamento de €1.500.

Multa reduzida após apelação

Após um novo recurso, o Tribunal Regional de Dresden reduziu a multa para €300 para cada ativista, considerando o processo de restituição em andamento como um fator atenuante, segundo a agência de notícias alemã Deutsche Presse-Agentur (DPA).

Os ativistas já pagaram mais de €2.000 em danos às Coleções de Arte do Estado de Dresden. Em setembro do ano passado, eles concordaram em pagar €5.500 ao Estado Livre da Saxônia em um acordo para cobrir custos de reparo e perda de receita devido ao fechamento temporário do museu. O Estado da Saxônia havia solicitado inicialmente quase €10.400 em indenização.