19 de abr 2025
Cresce o antissemitismo no Brasil: 1.788 denúncias em 2024, após ataques do Hamas a Israel
Aumento alarmante de antissemitismo no Brasil: 1.788 denúncias em 2024, impulsionadas por conflitos no Oriente Médio e estereótipos persistentes.
Passeata contra o antissemitismo na Bélgica (Foto: AFP)
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Relatório aponta aumento alarmante de casos de antissemitismo no Brasil
Em 2024, o Brasil registrou 1.788 denúncias de antissemitismo, um aumento expressivo em comparação aos anos anteriores. Os dados são da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e da Federação Israelita de São Paulo (Fisesp). Em 2023, foram 1.410 denúncias, e em 2022, apenas 397.
O ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, e a subsequente reação militar israelense, foram o principal gatilho para essa escalada. A média diária de denúncias saltou de uma para cinco após os ataques.
Brasil lidera crescimento do antissemitismo após ataques
Segundo Claudio Lottenberg, presidente da Conib, o Brasil foi o país que apresentou a maior taxa de crescimento do antissemitismo após os ataques de 7 de outubro. Apesar da percepção favorável dos brasileiros em relação aos judeus (68%), um levantamento da Anti-Defamation League aponta que 41,2 milhões de brasileiros possuem “crenças antissemitas significativas”.
Crenças antissemitas persistem na sociedade
A pesquisa revela que 55% dos brasileiros acreditam que judeus têm muito poder no mundo dos negócios, 35% pensam que controlam os assuntos globais e 20% que são responsáveis pela maioria das guerras. O antissemitismo se manifesta em estereótipos, negacionismo do Holocausto (11%) e, modernamente, no antissionismo e apoio a grupos como o Hamas.
Agressões e discurso de ódio se intensificam
O relatório da Conib elenca exemplos de agressões, como pichações, agressões físicas e verbais, apologia ao nazismo e declarações defendendo o fim de Israel. As redes sociais se tornaram o principal palco para essas agressões, concentrando 73% dos casos.
Redes sociais amplificam o antissemitismo
De 3,6 milhões de menções ao conflito no Oriente Médio monitoradas pela Conib, quase 85 mil (2,4%) tinham caráter antissemita. A suspensão da moderação no X (antigo Twitter) transformou a plataforma em um refúgio para antissemitas. Em setembro, quando o X ficou fora do ar no Brasil por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), as menções favoráveis aos judeus superaram as desfavoráveis no meio digital.
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