Política

Petrobras busca explorar petróleo na Margem Equatorial e enfrenta dilema ambiental

Petrobras enfrenta impasse na exploração do Bloco 59, com Ibama exigindo mais estudos sobre impactos ambientais e correntes oceânicas.

Margem Equatorial: Fantástico vai à região que está no centro do debate sobre a exploração de petróleo (Foto: Reprodução/Fantástico)

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Petrobras enfrenta impasse para explorar petróleo na Margem Equatorial

A Petrobras busca viabilizar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que se estende por 2.200 quilômetros do litoral brasileiro, entre o Rio Grande do Norte e o Amapá. A área, com potencial para abrigar grandes reservas, enfrenta resistência devido aos riscos ambientais e sociais da atividade em águas profundas.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou, em maio de 2023 e reiterou em fevereiro de 2025, a licença para a exploração do Bloco 59, na Bacia da Foz do Amazonas. A decisão se baseia na necessidade de estudos mais aprofundados sobre as correntes oceânicas e seus possíveis impactos em caso de vazamento, além da falta de informações claras à população local, incluindo comunidades indígenas.

A exploração no Bloco 59, a 175 km do Amapá e 540 km da Foz do Amazonas, em uma profundidade de cerca de 2.800 metros, é vista como um ponto de partida para a abertura de novas fronteiras energéticas no país. A Petrobras planeja investir US$ 3 bilhões na região e perfurar 15 poços, buscando replicar o sucesso de países vizinhos como Guiana, Suriname e Guiana Francesa, que já encontraram significativas reservas de petróleo.

Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), defende a exploração como essencial para o futuro energético do Brasil. Em contrapartida, Mariana Andrade, oceanógrafa do Greenpeace Brasil, argumenta que o país não precisa dessa nova fronteira para alcançar seus objetivos de transição energética e desenvolvimento sustentável. Nils Asp, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), ressalta a importância de autorizar pesquisas para avaliar o potencial da região antes de tomar decisões definitivas.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) agendou para junho o leilão de quatro novos blocos para exploração e produção de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, indicando a continuidade dos planos de expansão da exploração na região. A Petrobras afirma estar trabalhando para atender às exigências do Ibama e garante que possui a maior estrutura de resposta a emergências já montada para um projeto exploratório.

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