Política

Grupo de amigos revive memórias da luta contra a ditadura em livro de Luiz Nascimento

Lançamento de "O grito da Ipiranga" revive memórias de resistência na ditadura militar e fortalece laços entre antigos militantes.

Em "O grito da Ipiranga", o jornalista Luiz Nascimento resgata histórias de amigos que, nos anos 1960, se reuniam numa vila em Laranjeiras, no Rio (Foto: Divulgação/Daniel Mattar)

Em "O grito da Ipiranga", o jornalista Luiz Nascimento resgata histórias de amigos que, nos anos 1960, se reuniam numa vila em Laranjeiras, no Rio (Foto: Divulgação/Daniel Mattar)

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A história de resistência e amizade na vila da Rua Ipiranga, em Laranjeiras, Rio de Janeiro, durante os anos 1960, é o tema central do livro-reportagem “O grito da Ipiranga”, de Luiz Nascimento. O lançamento ocorre hoje, às 19h, na Livraria da Travessa, em Ipanema. A obra resgata memórias de militantes que se opuseram à ditadura militar, destacando figuras como Maria Augusta e Henrique Miranda.

Na casa 4 da vila, o casal, filiado ao Partido Comunista, acolheu amigos e familiares, tornando-se um ponto de encontro para a militância. Os filhos do casal, Aloisio, Carlos Henrique, Alice e Alberto, cresceram nesse ambiente e participaram ativamente do movimento estudantil. Muitos deles enfrentaram a repressão, com prisões e torturas, e três perderam a vida na luta.

Com a anistia, o grupo se dispersou, mas em 2015, Carlos Henrique Miranda criou o grupo de WhatsApp “Incrível Exército de Brancaleone”. Esse espaço virtual permitiu que os antigos amigos relembrassem suas experiências e trocassem memórias. Os encontros virtuais, gravados em 2022, foram fundamentais para a recuperação de relatos difíceis, promovendo uma catarse coletiva.

Luiz Nascimento, que conhecia os personagens da história, foi incentivado a escrever o livro. Ele descreve a obra como um tributo à rebeldia e um testemunho da luta pela liberdade e democracia. O livro não se limita a biografias, mas explora como esses indivíduos se uniram na resistência e como suas histórias ainda ressoam.

O grupo planeja uma roda de conversa na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em maio. O WhatsApp continua ativo, fortalecendo os laços entre os membros, que agora relembram suas trajetórias de forma mais leve e colaborativa. A casa 4, embora reformada, permanece como um símbolo da resistência e da amizade que perdura ao longo dos anos.

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