24 de fev 2025
Manifestantes exigem justiça em protesto contra ex-general ligado à morte de Rubens Paiva
Protestos ocorreram em frente à casa do ex general José Antônio Belham, ligado a crimes da ditadura. Manifestantes do Levante Popular da Juventude pedem justiça e revisão da Lei da Anistia. O filme "Ainda estou aqui" sobre Rubens Paiva intensificou os apelos por verdade e justiça. Imagens de vítimas da ditadura foram exibidas, reforçando a memória histórica do período. O Ministério Público Federal pressiona pelo tombamento do antigo DOI CODI, local de tortura.
Protesto do Levante Popular da Juventude pediu justiça pela morte de vítimas da ditadura (Foto: Divulgação)
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Na manhã desta segunda-feira, 24, a residência do ex-general do Exército José Antônio Belham foi alvo de protestos. Belham, que liderou o DOI-CODI durante a ditadura militar, é acusado de envolvimento na tortura e morte do ex-deputado Rubens Paiva. Manifestantes do Levante Popular da Juventude se concentraram em frente ao prédio dele, na rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, Rio de Janeiro, exigindo justiça.
Os protestos contaram com participantes vestidos de preto e cartazes que traziam imagens de Rubens Paiva e de outras vítimas da repressão, como o estudante Edson Luís e a militante Helenira Resende. Os manifestantes clamaram por memória, verdade e justiça, além de pedirem que a Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) não seja aplicada a crimes de desaparecimento e ocultação de cadáver.
O recente sucesso do filme “Ainda estou aqui”, que retrata a história de Rubens Paiva, trouxe à tona novas demandas por justiça em relação aos crimes da ditadura militar. O longa, que é cotado para diversas categorias no Oscar deste ano, reacendeu o debate sobre a necessidade de resolução das questões pendentes desse período sombrio da história brasileira.
Além disso, o Ministério Público Federal tem pressionado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o tombamento do antigo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), onde ocorreram torturas e mortes de presos políticos, incluindo Rubens Paiva. O processo de tombamento já dura mais de dez anos, enfrentando resistência por parte dos militares, enquanto o local abriga atualmente o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio.
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