01 de mai 2025
Cipriani desafia sanções do Papa e gera indignação durante cônclave no Vaticano
Cipriani, cardenal afastado por abuso, desafia sanções do Papa ao aparecer em Roma, gerando indignação entre vítimas e questionamentos sobre a Igreja.
O cardenal peruano Juan Luis Cipriani, durante a visita à tumba do papa Francisco, com o restante dos purpurados, no dia 27 de abril. (Foto: Guglielmo Mangiapane/REUTERS)
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Um homem que acusou o cardeal peruano Juan Luis Cipriani de abuso sexual na infância em 2018 expressou indignação ao vê-lo em Roma, participando de eventos do Vaticano. Cipriani foi afastado de seu cargo pelo Papa Francisco em 2019, que considerou as acusações credíveis e impôs sanções, incluindo o exílio do Peru e a proibição de aparições públicas.
Recentemente, Cipriani foi visto em Roma, onde visitou o féretro do Papa e participou de reuniões com outros cardeais. O denunciante, que prefere não ser identificado, criticou a presença do cardeal, afirmando que ele ignora as sanções impostas. O homem lamenta que, após a morte do Papa, Cipriani parece ter retornado ao protagonismo, desafiando as ordens que recebeu.
A situação levanta questões sobre a postura da Igreja em relação ao escândalo de abuso sexual e às vítimas. O silêncio do Vaticano sobre o caso de Cipriani tem gerado críticas, com especialistas pedindo uma posição clara. O jesuíta Hans Zollner, ex-membro do Pontifício Conselho de Tutela de Menores, afirmou que a desobediência às sanções deve ser abordada pelos cardeais.
O Vaticano confirmou que Cipriani ainda está sob um preceito penal, mas não esclareceu se ele está desrespeitando as regras. A organização Bishops Accountability pediu ação imediata da Santa Sé, ressaltando a necessidade de demonstrar seriedade no combate aos abusos. A situação continua a gerar polêmica e questionamentos sobre a credibilidade das sanções e a proteção das vítimas.
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