06 de mai 2025
OneTaste é acusada de trabalho forçado e abuso sexual em julgamento federal
Acusações de trabalho forçado marcam julgamento de líderes da OneTaste, startup de bem estar envolvida em polêmicas de controle e abuso.
Nicole Daedone dirigia a OneTaste, considerada um 'culto do orgasmo' (Foto: Reprodução)
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A startup de bem-estar OneTaste, conhecida por promover a meditação orgásmica como forma de empoderamento feminino, enfrenta sérias acusações. Nicole Daedone e Rachel Cherwitz, líderes da empresa, foram acusadas de conspiração para trabalho forçado. O julgamento, que pode durar até seis semanas, começou na segunda-feira, com a seleção do júri.
Os promotores do Distrito Leste de Nova York alegam que a OneTaste recrutava pessoas vulneráveis, incluindo sobreviventes de traumas sexuais, e as controlava, levando-as a dívidas e retendo salários. As acusadas se declararam inocentes e enfrentam até 20 anos de prisão se condenadas. A defesa argumenta que as provas são fabricadas e que as acusações são resultado de uma narrativa distorcida pela mídia.
Daedone, cofundadora da OneTaste, afirmou que as acusações contra ela são infundadas. Em um discurso no TEDx em 2011, ela mencionou um "transtorno de déficit de prazer" na sociedade e defendeu a meditação orgásmica como uma solução. A prática envolvia um ritual em que uma mulher, nua da cintura para baixo, era acariciada por um homem.
Acusações e Defesas
A OneTaste ganhou notoriedade, atraindo celebridades como Khloe Kardashian e Gwyneth Paltrow. No entanto, ex-integrantes relataram abusos e características de seita. Uma investigação da Bloomberg Businessweek em 2018 revelou que membros eram incentivados a usar cartões de crédito para pagar cursos e trabalhar sem remuneração.
Recentemente, os promotores enfrentaram um revés quando uma das principais provas, diários de uma ex-integrante, foi considerada não autêntica. A defesa argumenta que a integridade da investigação está comprometida. Os advogados de Daedone e Cherwitz afirmaram que a acusação é baseada em testemunhos questionáveis, incluindo relatos de uma ex-integrante que recebeu pagamento para participar de um documentário.
O caso continua a atrair atenção, com promotores planejando convocar outros ex-membros como testemunhas. A OneTaste, que já fechou suas unidades nos EUA, agora opera por meio de um aplicativo gratuito e busca um novo modelo de franquias.
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