11 de mai 2025
Mulheres protestam por igualdade na Igreja Católica durante eleição de novo papa
Protestos marcam o conclave que elegeu o papa Leão 14, evidenciando a luta por igualdade de gênero na Igreja Católica.
Mulher segura um terço durante uma missa em homenagem ao papa Leão 14 em uma igreja na cidade de Callao, no Peru (Foto: Connie France/AFP)
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Durante o conclave que elegeu o papa Leão 14, mulheres protestaram contra a exclusão de gênero na Igreja Católica. Enquanto algumas conseguiram cargos administrativos, a estrutura de poder permanece predominantemente masculina. As freiras, que cuidaram da logística do conclave, simbolizam a contribuição feminina invisibilizada na Igreja.
A socióloga da religião Tabata Tesser destaca que as mulheres são fundamentais para a dinâmica comunitária nas paróquias, mas ainda enfrentam barreiras para ocupar posições de liderança. O Código do Direito Canônico limita a ordenação sacerdotal a homens, o que perpetua a desigualdade de gênero. Leão 14, em declarações anteriores, afirmou que a ordenação de mulheres não resolveria os problemas da Igreja.
Durante o protesto, ativistas da Conferência de Ordenação de Mulheres usaram fumaça rosa para simbolizar a luta por igualdade. A coordenadora do grupo, Kate McElwee, afirmou que a manifestação era um sinal de esperança para que a Igreja reconheça as mulheres como iguais. Historicamente, as mulheres tiveram papéis significativos na Igreja primitiva, mas atualmente são excluídas de funções clericais.
O papa Francisco já descartou a inclusão de mulheres no diaconato, uma função que poderia permitir maior participação feminina. Em entrevistas, ele reconheceu que as mulheres desempenham funções similares às diaconisas, mas sem o título oficial. Embora algumas mulheres tenham conquistado posições de destaque no Vaticano, como a irmã Raffaella Petrini, a mudança estrutural ainda é limitada.
A discussão sobre a inclusão feminina na Igreja continua, mas sem avanços concretos. O Sínodo da Amazônia, em 2019, e outros encontros recentes não resultaram em mudanças significativas. As mulheres permanecem à margem das decisões sobre reformas profundas, como a ordenação feminina.
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