Rumeysa Ozturk é libertada após seis semanas de detenção nos EUA e expressa esperança

Na noite de sábado, 10 de agosto, Rumeysa Ozturk, estudante turca da Universidade Tufts, foi libertada após seis semanas de detenção em um centro federal na Louisiana. A decisão foi tomada por um juiz federal em Vermont, que ordenou sua liberação imediata. Ozturk, que possui visto de estudante, foi detida em março, gerando protestos contra a repressão imigratória do governo Trump.

Ozturk expressou gratidão aos apoiadores e afirmou ter fé no sistema de justiça americano. Apesar de sua libertação, ela ainda enfrenta risco de deportação. "Os EUA são a maior democracia do mundo", declarou. A estudante estava entre mais de mil imigrantes que tiveram seus vistos cancelados, em um contexto de intensificação das políticas de imigração do governo.

Durante sua detenção, Ozturk relatou ter enfrentado crises de asma e condições inadequadas, sendo mantida em um espaço superlotado. Amigos e ex-professores demonstraram alívio e alegria ao vê-la novamente, mas também expressaram preocupação com a segurança de outros imigrantes detidos. Gulay Kaplan, amiga de Ozturk, destacou que a detenção poderia acontecer com qualquer um por expressar opiniões.

Críticas às Políticas de Imigração

O juiz William Sessions, que ordenou a libertação de Ozturk, criticou a detenção, afirmando que poderia prejudicar a liberdade de expressão de muitos. O governo, que alegou que Ozturk apoiava o Hamas, não apresentou evidências concretas além de um artigo de opinião que ela coautora. Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna reafirmou que o visto é um privilégio e que o governo continuará a lutar pela detenção de estrangeiros sem direito de permanência.

O caso de Ozturk gerou indignação em todo o país, com estudantes e ativistas defendendo a liberdade de expressão. A estudante, mesmo após a libertação, permanece sob o risco de deportação, mas especialistas acreditam que sua situação se tornou mais favorável após a decisão judicial. Ozturk pediu que não se esquecessem das mulheres ainda detidas, ressaltando a importância de solidariedade entre os imigrantes.