17 de mai 2025
Bolsonaro afirma que pode "morrer na cadeia" se condenado por tentativa de golpe
Bolsonaro afirma que pode "morrer na cadeia" se condenado por tentativa de golpe, enquanto sua defesa pede adiamentos em audiências.
Jair Bolsonaro em ato realizado em Brasília no último dia 7 (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pode "morrer na cadeia" se for condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, ele declarou: “Estou com 70 anos, quase morri na última cirurgia. Vou morrer, não vai demorar.” Bolsonaro é réu em um processo que envolve cinco crimes, incluindo organização criminosa armada e golpe de Estado, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.
A defesa de Bolsonaro solicitou adiamentos nas audiências, alegando falta de acesso a provas essenciais. Os advogados afirmam que não tiveram tempo suficiente para analisar quase 40 terabytes de material coletado na investigação. O STF, por sua vez, já marcou o início dos depoimentos para 19 de maio.
Recentemente, áudios de um policial federal revelaram planos para prender ministros do STF e eliminar opositores. O agente Wladimir Matos Soares, que está preso, afirmou que o grupo estava preparado para agir e que bastava uma "canetada" do ex-presidente para iniciar a operação. “A gente ia empurrar meio mundo de gente, matar meio mundo de gente”, disse Soares em um dos áudios.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Soares e outros doze indivíduos, incluindo militares, por envolvimento na trama golpista. O grupo é acusado de planejar ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento do núcleo 3 da denúncia ocorrerá na próxima semana, e a defesa de Soares pediu um adiamento, argumentando que as novas provas apresentadas exigem mais tempo para análise.
As audiências, que ocorrerão por videoconferência, terão a presença de testemunhas como o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) pediu ao STF que reconsidere a proibição de gravações durante as audiências, argumentando que a transparência é essencial em processos de interesse público.
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