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Áudios do golpe se tornam justificativa e estratégia de defesa após denúncia

Denunciados por tentativa de golpe de Estado enfrentam novas provas e alegações de cerceamento da defesa; julgamento pode ser impactado.

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Os denunciados por tentativa de golpe de Estado, incluindo militares e ex-auxiliares de Jair Bolsonaro, enfrentam graves acusações relacionadas a um plano para assassinar autoridades e manter o ex-presidente no poder. Recentemente, a Polícia Federal (PF) apresentou a perícia do celular de um agente preso, revelando mensagens sobre um plano violento.

Advogados dos acusados alegam cerceamento da defesa, uma vez que a perícia foi divulgada apenas agora. Mensagens indicam um plano para "matar meio mundo" para garantir a permanência de Bolsonaro na presidência. O policial federal Wladimir Matos Soares, preso em novembro do ano passado, teve sua perícia concluída somente em maio. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia apresentado denúncias antes da análise completa das provas.

A falta de acesso a todos os materiais apreendidos tem gerado reclamações entre as defesas. A PF disponibilizou um link para que os advogados possam acessar as provas, mas muitos ainda se sentem prejudicados. O ex-presidente Bolsonaro afirmou que sua defesa não teve acesso à íntegra das mensagens do celular de Mauro Cid, levantando preocupações sobre a transparência do processo.

Repercussões no Judiciário

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir na próxima terça-feira sobre a aceitação da denúncia contra Wladimir Soares e outros 11 militares envolvidos no plano. O advogado Eduardo Kuntz, que defende um ex-auxiliar de Bolsonaro, destaca que a apresentação tardia das provas reforça as alegações de que informações cruciais estão faltando.

Outros advogados expressam preocupação com a disponibilização das provas em um momento avançado do processo. Para Guilherme Favetti, defensor do coronel Márcio Nunes, essa situação pode prejudicar a defesa, que já se baseou nas informações disponíveis anteriormente. Jefrey Chiquini, advogado do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, argumenta que o conteúdo dos áudios contradiz a acusação de um plano de assassinato.

O grupo de 12 denunciados, que inclui Wladimir Soares e 11 militares, é acusado de planejar ações para efetivar o chamado "Punhal Verde Amarelo", que visava assassinar autoridades, incluindo o presidente Lula, para manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral em 2022. Até o momento, 21 réus estão envolvidos no caso, com o STF já analisando três das cinco denúncias apresentadas.

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