16 de mai 2025
Universidade de Nova York retém diploma de estudante por discurso sobre Gaza
Universidade de Nova York retém diploma de estudante que criticou genocídio em Gaza durante cerimônia de formatura, gerando polêmica.
Pedestres caminham perto de um prédio da NYU em Nova York, em 16 de dezembro de 2021. (Foto: AP Photo/Seth Wenig, arquivo)
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Nova York – A Universidade de Nova York (NYU) decidiu reter o diploma de Logan Rozos, estudante da Gallatin School, após seu discurso de formatura em que condenou o que chamou de "genocídio" em Gaza. O incidente ocorreu na cerimônia de formatura na quarta-feira, quando Rozos afirmou que os EUA apoiam politicamente e militarmente as ações em Gaza, que ele descreveu como atrocidades.
O porta-voz da NYU, John Beckman, declarou que Rozos violou as regras da universidade ao não cumprir o que havia prometido em seu discurso. Beckman afirmou que a instituição está "profundamente triste" por ter que lidar com os comentários do estudante e que a situação foi um "abuso de privilégio". A universidade está atualmente buscando ações disciplinares contra Rozos.
Durante seu discurso, Rozos recebeu aplausos e vaias da plateia ao mencionar Gaza. Ele expressou que suas palavras eram uma tentativa de "falar por todos que sentem a dor moral" das ações em curso. O discurso gerou reações polarizadas, com grupos pró-Israel exigindo medidas contra o estudante e a Anti-Defamation League condenando suas declarações como "divisivas e falsas".
Reações e Consequências
A situação ocorre em um contexto de crescente pressão sobre universidades dos EUA para restringir discursos pró-Palestina, especialmente sob a administração Trump, que tem associado críticas a Israel a atos de antissemitismo. A NYU, que não foi alvo direto de ações do governo, enfrenta um ambiente tenso, com mais de 180 casos disciplinares abertos contra estudantes e professores relacionados a protestos sobre o conflito.
A Council on American-Islamic Relations (CAIR) defendeu Rozos, chamando seu discurso de "endereço pro-Palestina e anti-genocídio" e pediu à NYU que liberasse seu diploma. O caso de Rozos destaca a crescente polarização em torno da liberdade de expressão nas universidades americanas, especialmente em relação ao conflito Israel-Palestina.
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