Política

Alemanha enfrenta dilema sobre proibição do partido extremista AfD após crescimento eleitoral

A Alemanha debate a proibição da AfD, partido classificado como extremista de direita, após aumento de apoio nas urnas.

A líder do partido Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel, discursa durante uma sessão da Bundestag, em Berlim (Foto: John Macdougall/AFP)

A líder do partido Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel, discursa durante uma sessão da Bundestag, em Berlim (Foto: John Macdougall/AFP)

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A Alemanha enfrenta um dilema político com o crescente apoio ao partido Alternativa para a Alemanha (AfD), classificado como extremista de direita pelo Escritório Federal de Proteção da Constituição (BfV). Nas eleições federais de fevereiro, a AfD obteve 20,8% dos votos, ficando em segundo lugar. Em maio, o BfV reafirmou sua classificação de extremismo, mas suspendeu a avaliação até que uma decisão judicial sobre uma ação do partido seja tomada.

A classificação do BfV, baseada em um relatório extenso, permite vigilância ampliada, mas não resulta na proibição do partido. Para isso, é necessário um pedido formal ao Tribunal Constitucional, que deve ser feito pelo governo federal ou pelo parlamento. O BfV argumenta que a AfD promove um conceito étnico de povo que fere os princípios constitucionais alemães, defendendo, por exemplo, a "remigração" de milhões de migrantes.

Debate sobre Proibição

O debate sobre a proibição da AfD foi reavivado, levantando questões sobre a possibilidade de banir um partido que cresce nas urnas, mas rejeita fundamentos democráticos. Historicamente, a Alemanha já proibiu partidos como o Partido do Reich Socialista e o Partido Comunista, mas tentativas de banir o NPD, de orientação neonazista, falharam na Corte Constitucional.

Friedrich Merz, o novo chanceler, expressou cautela em relação à proibição da AfD, afirmando que não se pode excluir milhões de eleitores do processo democrático. A preocupação é que a proibição possa alimentar o vitimismo do partido, aumentando sua popularidade. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, alertou sobre o ressurgimento de "velhos e malignos fantasmas" da história, especialmente com o falecimento das últimas testemunhas do nazismo.

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