Política

Ministério Público processa escritório inglês por abusos contra vítimas de Mariana

Ação Civil Pública do MPES denuncia escritório Pogust Goodhead por cláusulas abusivas que prejudicam vítimas da tragédia em Mariana.

Ruínas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo rompimento da barreira da Samarco (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)

Ruínas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo rompimento da barreira da Samarco (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)

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O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), junto com o Ministério Público Federal (MPF) e os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG), ajuizou uma Ação Civil Pública contra o escritório de advocacia Pogust Goodhead, sediado na Inglaterra. A ação, que também envolve o escritório Felipe Hotta Advocacia, é motivada por práticas contratuais abusivas que afetam as vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em 2015.

O MPES alega que as cláusulas contratuais do Pogust Goodhead geram insegurança sobre os direitos das vítimas. Entre as práticas contestadas estão a cobrança de honorários sobre indenizações obtidas no Brasil, mesmo em casos onde o escritório não atuou, e restrições à rescisão contratual pelos atingidos. Além disso, a ação destaca a previsão de pagamento ao escritório mesmo em caso de desistência da ação na Inglaterra.

Cláusulas Abusivas

A Ação Civil Pública também critica a divulgação de campanhas que desaconselham a adesão das vítimas aos programas de indenização no Brasil. O MPES aponta que a cláusula de foro exclusivo na Inglaterra e a previsão de arbitragem em Londres, com aplicação da lei inglesa, não são compatíveis com a realidade dos atingidos.

A ação requer o pagamento de danos morais coletivos e a nulidade das cláusulas abusivas nos contratos. O objetivo é garantir que as vítimas possam receber indenizações no Brasil sem penalizações e assegurar o direito de livre escolha e autodeterminação.

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