Política

Agente da Core é morto em operação contra crimes ambientais no Rio de Janeiro

Agente da Core é morto em operação contra fábricas de gelo irregulares. Recompensa de R$ 5 mil é oferecida por informações sobre o crime.

Disque denúncia do Rio de Janeiro pede informações sobre envolvidos na morte de policial da Core na Cidade de Deus (Foto: Divulgação)

Disque denúncia do Rio de Janeiro pede informações sobre envolvidos na morte de policial da Core na Cidade de Deus (Foto: Divulgação)

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Agente da Core é morto durante operação contra fábricas de gelo irregulares

Na manhã desta segunda-feira (19), o agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Antônio Lourenço, foi morto durante uma operação da Polícia Civil que investiga crimes ambientais e de saúde pública. O incidente ocorreu na Cidade de Deus, onde uma fábrica de gelo irregular foi interditada.

Lourenço foi atingido por um tiro de um atirador solitário, posicionado a uma curta distância, enquanto sua equipe permitia a entrada de policiais e técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na fábrica. O tiro, que acertou a cabeça do agente, partiu de uma seteira, um buraco em muros que permite a passagem de armas.

A operação, chamada Gelo Podre, resultou na interdição de uma unidade na Cidade de Deus e outra em Jacarepaguá. No local, foram encontradas embalagens jogadas no chão, recipientes sujos e a falta de licença ambiental. O gelo produzido abastecia quiosques na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes.

Recompensa e investigações

O Disque Denúncia divulgou um cartaz oferecendo R$ 5 mil por informações que ajudem a localizar os responsáveis pelo crime. Duas pessoas foram levadas para prestar esclarecimentos. As embalagens apreendidas indicavam que o gelo era "próprio para consumo humano", mas a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) coletou novas amostras para análise.

As investigações revelaram que muitas fábricas utilizavam água de poços sem licença e sem tratamento adequado, além de comercializarem água engarrafada clandestinamente. A Secretaria de Polícia Civil informou que 70% das fábricas de gelo vistoriadas em 2024 apresentaram irregularidades, como excesso de amônia e condições precárias de higiene.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou que algumas empresas se instalam em comunidades controladas por facções criminosas para evitar fiscalizações. Os responsáveis podem enfrentar penas de até oito anos de prisão por crimes contra a saúde pública e relações de consumo.

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