Política

Padre Bernardino dos Santos é acusado de estupro de 50 crianças em investigação

Sete vítimas do padre Bernardino Batista dos Santos relatam abusos que ocorreram entre 1975 e 2016, elevando o total para pelo menos 50.

Foto:Reprodução

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O padre Bernardino Batista dos Santos, indiciado em 2021 por abusos sexuais de crianças, aguarda julgamento em casa com tornozeleira eletrônica. As denúncias começaram após um comentário anônimo em um blog, revelando um histórico de abusos que se estende por décadas.

Recentemente, sete vítimas romperam o silêncio e relataram abusos ocorridos entre 1975 e 2016. A investigação aponta que Bernardino pode ter feito pelo menos 50 vítimas. Uma nova denúncia, referente a um caso de 2016, trouxe à tona mais detalhes sobre os crimes cometidos pelo sacerdote.

As vítimas, que se manifestaram à Agência Pública, relataram experiências traumáticas. K.A.P., por exemplo, descreveu um incidente em que Bernardino levou uma criança para tomar sorvete e, ao retornar, a menina estava visivelmente abalada. O relato de K.A.P. revela que a criança indicou ter sido abusada pelo padre.

A Arquidiocese de Belo Horizonte afirmou que Bernardino foi afastado de suas funções desde novembro de 2021, mas seu nome ainda aparecia em registros de 2024. As vítimas criaram um perfil no Instagram, Vítimas do Santo do Paraíso, para compartilhar suas histórias e buscar justiça.

O sítio do padre, onde muitos abusos ocorreram, foi vendido em 2021 por R$1,6 milhão. As investigações revelaram que Bernardino utilizava sua posição de líder religioso para se aproximar das vítimas, que eram, em sua maioria, meninas entre 3 e 11 anos.

O inquérito corre em segredo de justiça, mas a Arquidiocese conduziu uma investigação paralela em 2021. As vítimas não tiveram acesso aos depoimentos que prestaram à Igreja. A psicanalista Rosane Trapaga destacou que o prestígio social do padre dificultou a denúncia dos abusos, que ocorreram em ambientes sagrados.

O caso do padre Bernardino gerou discussões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, resultando na proposta de um projeto de lei para proteger vítimas de violência em instituições religiosas. A expectativa é que o julgamento ocorra até o final de 2025. A defesa das vítimas reafirma seu compromisso com a busca por justiça, enquanto a Arquidiocese se comprometeu a colaborar com as autoridades civis.

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