Política

Sobreviventes de abuso infantil questionam indiferença da França em julgamento histórico

Julgamento de Joel Le Scouarnec, o pedófilo mais prolífico da França, gera indignação entre vítimas e clamor por mudanças sociais.

Foto:Reprodução

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O julgamento de Joel Le Scouarnec, cirurgião aposentado e considerado o pedófilo mais prolífico da França, está prestes a ser encerrado em Vannes, na Bretanha. Le Scouarnec confessou ter abusado de 299 crianças entre 1998 e 2014. O processo, que deveria gerar ampla repercussão, tem causado frustração entre as vítimas devido à aparente indiferença da sociedade.

Um grupo de sobreviventes, liderado por Manon Lemoine, de 36 anos, expressou sua indignação com a falta de atenção pública. Lemoine afirmou: "Estou exausta. Estou com raiva. A sociedade parece totalmente indiferente." As vítimas formaram uma campanha para exigir reconhecimento e mudanças sociais, questionando a ausência de uma comissão parlamentar, como ocorreu em outros casos de abuso.

Durante o julgamento, detalhes perturbadores foram revelados, incluindo como Le Scouarnec registrou seus crimes em cadernos. Ele abusava de pacientes vulneráveis enquanto estavam sob anestesia. A defesa e a acusação discutiram a cultura de silêncio que permitiu que o cirurgião atuasse impunemente por anos. "Há um silêncio sistemático sobre o abuso infantil," disse Myriam Guedj-Benayoun, advogada de várias vítimas.

O caso expôs falhas institucionais graves, com médicos admitindo que ignoraram alertas sobre o cirurgião. "Houve uma escolha de ignorar os sinais," afirmou um diretor de hospital. Apesar da gravidade dos crimes, a cobertura midiática foi considerada insuficiente em comparação com outros casos de abuso.

À medida que o julgamento se aproxima do fim, as vítimas esperam que suas vozes sejam ouvidas e que o caso leve a uma reflexão mais profunda sobre o abuso infantil na sociedade francesa. "Precisamos nos unir e reagir," concluiu Lemoine, ressaltando a importância de transformar essa tragédia em um ponto de virada.

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