Política

Corte Interamericana analisa caso de esterilização forçada de Celia Ramos no Peru

Corte Interamericana analisa caso de Celia Ramos, vítima de esterilização forçada no Peru, podendo abrir caminho para reparação histórica.

Uma mulher protesta por as vítimas de esterilização forçada durante o governo de Alberto Fujimori frente à Corte Superior de Justiça em Lima, em 2019. (Foto: Martin Mejia/AP)

Uma mulher protesta por as vítimas de esterilização forçada durante o governo de Alberto Fujimori frente à Corte Superior de Justiça em Lima, em 2019. (Foto: Martin Mejia/AP)

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O caso de Celia Ramos, vítima de esterilização forçada durante o regime de Alberto Fujimori no Peru, chegou à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Este caso pode estabelecer precedentes para a reparação e o reconhecimento da violência reprodutiva como uma forma de violência de gênero no país.

Entre 1996 e 2000, o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planejamento Familiar (PNSRPF) implementou uma política que resultou na esterilização de 346 mil mulheres, principalmente indígenas e campesinas. Muitas dessas mulheres não deram consentimento válido, e a maioria das operações foi realizada em condições precárias. Celia, por exemplo, foi submetida a uma cirurgia sem o devido consentimento, resultando em sua morte em 22 de julho de 1997.

A política de esterilizações forçadas foi marcada por discriminação e manipulação, visando mulheres em situação de vulnerabilidade. O Registro de Vítimas de Esterilizações Forçadas (REVIESFO) reconheceu cerca de 6.900 mulheres, mas muitas ainda não receberam reparação. A falta de um programa abrangente para garantir a reparação dessas vítimas é uma questão persistente no Peru.

Oportunidade de Justiça

A Corte IDH analisa o caso de Celia como uma oportunidade histórica para abordar as violações de direitos humanos relacionadas à violência reprodutiva. Organizações como DEMUS e o Centro de Direitos Reprodutivos apoiam as filhas de Celia na busca por justiça. A expectativa é que a Corte reconheça a violência reprodutiva e determine medidas de reparação, investigação e sanção aos responsáveis.

O reconhecimento da violência reprodutiva como uma forma de violência de gênero é crucial para que o Peru implemente políticas públicas que garantam os direitos sexuais e reprodutivos. O caso de Celia representa uma esperança não apenas para sua família, mas para milhares de mulheres que sofreram com essa política opressiva.

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