Política

Ex-comandante da Aeronáutica expressa desconfiança sobre intenções de Bolsonaro

Ex comandante da Aeronáutica revela no STF que Bolsonaro cogitou medidas de exceção para contestar resultado das eleições de 2022.

Foto:Reprodução

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Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 21, o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro discutiu medidas de exceção no final de seu mandato. Baptista Junior mencionou a possibilidade de um decreto de Garantia da Lei da Ordem (GLO) para contestar o resultado das eleições de 2022.

O brigadeiro destacou que, enquanto alguns militares viam a GLO como uma resposta a protestos de caminhoneiros, Bolsonaro parecia ter intenções mais amplas. "Os objetivos políticos de uma medida de exceção não eram para garantir a paz social até o dia 1º de janeiro", afirmou. Ele relatou que o general Freire Gomes, então comandante do Exército, chegou a ameaçar prender Bolsonaro caso medidas ilegais fossem implementadas.

Baptista Junior também mencionou que a falta de apoio unânime das Forças Armadas foi crucial para que as medidas não fossem adotadas. "O presidente estava frustrado com o resultado, parecia deprimido... e esse assunto de GLO começou a ser abordado", disse. Ele expressou preocupação com a possibilidade de uma GLO ser necessária após o dia 31 de dezembro, em meio a mobilizações sociais.

Contexto das Eleições

Durante o depoimento, Baptista Junior afirmou ter conversado com Bolsonaro sobre a legitimidade do processo eleitoral que levou Lula ao poder. O ex-presidente foi informado pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que não havia evidências que comprometesse o resultado das urnas. "Teorias de deficiência de programação [de urnas eletrônicas] foram levadas, e todas foram rechaçadas", destacou.

A Procuradoria-Geral da República investiga a existência de diferentes núcleos que, segundo Baptista, buscavam desestabilizar o país. Esses grupos incluíam responsáveis por ações de sublevação e desinformação, além de um influenciador que tentava desacreditar autoridades militares que resistiam à pressão. O depoimento de Baptista Junior lança luz sobre os planos de Bolsonaro e a resposta das Forças Armadas em um momento crítico da política brasileira.

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