21 de mai 2025

Fachin afirma que extradição de espião russo depende de decisão de Lula
Ministro do STF nega entrega de espião russo ao seu país, enquanto investigações revelam rede de agentes atuando no Brasil.
Foto:Reprodução
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, negou a entrega antecipada do espião russo Sergey Cherkasov à Rússia, afirmando que ele ainda enfrenta inquéritos no Brasil por possíveis atos de espionagem, lavagem de capitais e corrupção passiva. A decisão foi divulgada nesta terça-feira e marca um novo capítulo no processo de extradição do russo.
Cherkasov, que foi preso em abril de 2022 por uso de documentos falsos, já teve sua extradição aprovada pelo STF, mas a entrega só ocorrerá após a conclusão das investigações da Polícia Federal. Em março de 2023, o Supremo autorizou sua deportação, mas as autoridades brasileiras decidiram que ele não poderia ser enviado antes de finalizar os inquéritos em andamento.
Revelações sobre agentes russos
Além disso, uma reportagem do New York Times revelou a presença de pelo menos nove agentes russos operando no Brasil com identidades brasileiras. O caso de Cherkasov foi inicialmente exposto pelo GLOBO, que destacou sua trajetória como estudante e seu envolvimento com o Tribunal Penal Internacional, onde foi estagiário.
A defesa de Cherkasov também solicitou que ele pudesse cumprir pena em regime domiciliar, pedido que foi negado por Fachin, que argumentou que o espião não apresentou um endereço adequado. Cherkasov foi condenado por uso de documento falso, mas continua sob investigação por outros crimes relacionados à espionagem.
Detalhes da investigação
As investigações revelaram que Cherkasov tinha uma rede de apoio no Brasil, que realizava depósitos mensais em sua conta de forma fracionada. E-mails trocados entre ele e um funcionário do Consulado Geral da Rússia indicam que ele recebia transferências financeiras, o que levantou suspeitas sobre suas atividades no país.
Cherkasov entrou no Brasil em 2010 e, segundo apurações, movimentou altos valores em criptomoedas e comprou automóveis. Ele alegou que financiou seus estudos com lucros obtidos na compra e venda de bitcoins. A situação do espião russo continua a ser monitorada de perto pelas autoridades brasileiras e internacionais.
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