22 de mai 2025

Justiça rejeita indenização de Datena contra Marçal por insinuação de assédio
Justiça de São Paulo nega indenização de R$ 100 mil de Datena a Marçal, destacando liberdade de expressão em debate eleitoral.
Foto:Reprodução
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A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização de R$100 mil do apresentador José Luiz Datena contra o empresário Pablo Marçal. A decisão foi proferida após Marçal ter se referido a Datena como "jack", gíria associada a estupradores, durante um debate eleitoral em setembro de 2024 na TV Cultura.
Datena alegou que as declarações de Marçal prejudicaram sua reputação, especialmente em função de uma acusação de assédio sexual feita por Bruna Drews, ex-repórter de seu programa, em 2018. Na ocasião, Drews denunciou que o apresentador havia feito comentários inapropriados sobre ela. Apesar de Datena ter negado as acusações, a situação gerou grande repercussão.
Contexto do Debate
Durante o debate, Marçal afirmou que "os playboys da cidade de São Paulo não sabem o que eu vou falar agora", referindo-se a Datena. Ele destacou que as acusações de assédio eram de conhecimento público e que o apresentador deveria pedir desculpas às mulheres. O juiz responsável pelo caso, Christopher Alexander Roisin, considerou que a afirmação de Marçal estava protegida pela liberdade de expressão, especialmente em um contexto político.
O magistrado também observou que a acusação de assédio sexual contra Datena é um fato verídico, e não uma invenção de Marçal. Com isso, o pedido de indenização foi considerado improcedente, e Datena foi condenado a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios. A defesa do apresentador ainda pode recorrer da decisão.
Repercussão do Caso
A acusação de assédio sexual contra Datena, que remonta a 2018, continua a gerar polêmica. Na época, Bruna Drews afirmou que o apresentador fez comentários inapropriados durante uma confraternização de equipe. Embora tenha negado as acusações, Datena enfrentou um processo judicial movido por Drews por calúnia e difamação, que também se desdobrou em uma declaração posterior da repórter, onde ela alegou ter sido induzida a assinar um documento negando o assédio.
O caso, que envolve questões de liberdade de expressão e assédio sexual, segue em destaque na mídia, refletindo a complexidade das relações de poder e as consequências de acusações graves no cenário público. O GLOBO está em contato com as defesas de Datena e Marçal para obter mais informações sobre o desdobramento do caso.
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