Kassab e Kajuru intensificam disputa no STF em novo capítulo da briga judicial

A Advocacia do Senado apresentou, na noite de quarta-feira, a defesa de Jorge Kajuru (PSB-GO) no Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta à queixa-crime feita por Gilberto Kassab. O senador é acusado de calúnia, difamação e injúria após ofensas proferidas em um vídeo no TikTok, onde chamou Kassab de "desprezível" e "um lixo não reciclável".

Kassab, líder do PSD, protocolou a queixa-crime em 17 de março, alegando que as declarações de Kajuru feriram sua honra. O relator do caso é o ministro Cristiano Zanin. No vídeo, Kajuru criticou Kassab e o governo, afirmando que ele busca um ministério, insinuando que isso se deve ao seu interesse financeiro.

Defesa de Kajuru

Na defesa, os advogados do Senado argumentaram que a queixa-crime carece de justa causa e que as declarações de Kajuru estão protegidas pela imunidade parlamentar. Eles afirmaram que Kassab não apresentou um fato específico que caracterizasse calúnia e que as críticas do senador têm um caráter político.

O documento também menciona a pressão política que Kassab estaria exercendo para obter um ministério, reforçando que as declarações de Kajuru foram feitas em um contexto de debate político. O vídeo, embora removido, gerou repercussão significativa na mídia, com a defesa apresentando uma transcrição e um QR Code que direcionava para a gravação.

Audiência de Conciliação

No mês passado, Kajuru se mostrou disposto a participar de uma audiência de conciliação, mas Kassab recusou a proposta. A situação continua a se desenrolar no STF, onde a defesa de Kajuru busca a rejeição da queixa-crime, enfatizando a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar como pilares fundamentais do debate político.