23 de mai 2025

Ativistas feministas protestam contra editora por livro de autor condenado por abuso
Ativistas do coletivo feminista #NousToutes protestaram em Paris contra o lançamento do livro "La Soif de honte", de Nicolas Bedos, condenado por agressões sexuais. O ato pacífico, realizado em frente à editora Éditions de l'Observatoire, incluiu o lançamento de tinta violeta na fachada e cartazes criticando a normalização de agressores. As ativistas afirmam que a obra tenta reabilitar a imagem do autor e ignora os avanços do movimento #MeToo, deslegitimando os relatos das vítimas.
Foto:Reprodução
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Na manhã desta sexta-feira, integrantes do coletivo feminista #NousToutes realizaram um protesto em Paris contra a publicação do livro La Soif de honte, de Nicolas Bedos, condenado por agressões sexuais. O ato ocorreu em frente à editora Éditions de l'Observatoire, onde cerca de dez ativistas lançaram tinta violeta na fachada e colaram cartazes com mensagens como "Humensis, éditeur d’agresseurs" e "Bedos ta gueule!".
A ação, que começou por volta das 7h (horário local), foi pacífica e não houve intervenção policial. Nicolas Bedos foi condenado em outubro de 2024 a um ano de prisão, com seis meses em regime semiaberto, por agredir sexualmente duas mulheres em 2023. Em janeiro de 2025, ele renunciou ao direito de apelação.
Críticas à Publicação
O livro La Soif de honte, lançado em 7 de maio, é visto pelas ativistas como uma tentativa de reabilitação pública do autor. Clo, representante do coletivo, afirmou que a editora "insulta as vítimas" e normaliza a reabilitação de agressores. As ativistas também criticaram o histórico da editora Humensis, que, segundo elas, já deu espaço a autores de extrema-direita e acusados de violência sexual.
As integrantes do coletivo expressaram preocupações sobre o conteúdo do livro, que, segundo elas, reforça ataques às vítimas e ignora os avanços do movimento #MeToo. Gwen, também do #NousToutes, destacou que a obra não reflete sobre os atos de Bedos, mas tenta deslegitimar os relatos das vítimas e sabotar a luta feminista.
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