23 de mai 2025

CNJ identifica 3 mil processos atrasados e afasta juiz por negligência recorrente
Juiz Cláudio Cardoso França é afastado por morosidade e fraudes em processos, com três mil ações represadas em sua vara.
Foto:Reprodução
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, por maioria de votos, colocar o juiz Cláudio Cardoso França, do Tribunal de Justiça do Rio, em disponibilidade. A medida foi tomada devido a reiteradas condutas de morosidade e negligência em sua atuação, com cerca de 3 mil processos represados em sua vara.
Os autos disciplinares revelam que esses processos representam 30% do total de ações na 5.ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado. O CNJ também apontou que o juiz foi acusado de fraudar o fluxo de processos em ambiente virtual, o que poderia permitir a omissão de processos prontos para decisão. Essa prática levantou suspeitas sobre a intenção de França em pleitear transferência para outra comarca.
França já havia enfrentado sanções de censura em três ocasiões anteriores pela Corte fluminense. A decisão do CNJ foi resultado de uma Revisão Disciplinar instaurada pelo próprio conselho, visando agravar a sanção ao magistrado. Inspeções na 5.ª Vara Cível indicaram que a organização dos processos seguia um planejamento definido pelo próprio juiz, o que comprometeu a atividade jurisdicional.
O conselheiro Pablo Coutinho destacou que a conduta de França demonstrou um desprezo total pelas ordens da Corregedoria local, afetando os direitos dos jurisdicionados. A disponibilidade significa que o magistrado ficará afastado de suas funções, enquanto o CNJ busca garantir a celeridade e a eficiência na tramitação dos processos judiciais.
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