24 de mai 2025
Câmeras corporais revelam irregularidades em abordagem que resultou na morte de jovem em SP
Imagens de câmeras corporais revelam que Gabriel Ferreira Messias da Silva, morto por PMs, não estava armado durante abordagem em SP.
Imagem de câmera corporal mostra policiais envolvidos em morte de entregador na zona leste de São Paulo. (Foto: Reprodução/SP1 TV Globo)
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Imagens das câmeras corporais de policiais militares revelam que Gabriel Ferreira Messias da Silva, um jovem de 18 anos, não estava armado quando foi baleado em novembro de 2024, na Zona Leste de São Paulo. O caso ocorreu durante uma abordagem em um posto de combustíveis. Os policiais alegaram que o jovem apontou uma arma, mas as gravações mostram um dos agentes pedindo que o colega desviasse a câmera para não registrar a ação.
Após a abordagem, Gabriel foi baleado na esquina das ruas Belém Santos e Colônia Leopoldina, na Vila Císper. O vídeo, divulgado pelo jornal SP1, mostra os policiais descendo da viatura e questionando se a moto de Gabriel era roubada. Ele, já ferido, respondeu que não. Em seguida, um dos policiais orienta: "Vira, vira, vira", sugerindo que a câmera não registrasse o momento.
A Defensoria Pública de São Paulo contestou a versão dos policiais, afirmando que não havia arma na cena. O relatório indica que um sargento chutou uma arma para perto de Gabriel antes de ela ser localizada. "Vendo essas imagens, a Defensoria alertou o Ministério Público, que pediu o afastamento cautelar dos policiais das operações de rua", afirmou Andrea Barreto, defensora pública.
Os policiais envolvidos estão afastados temporariamente, enquanto o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou que não compactua com desvios de conduta e que o inquérito da Polícia Militar foi concluído e enviado ao Judiciário. A mãe de Gabriel, que atua como recepcionista na DHPP, teve acesso às imagens.
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