Jornal Nacional esclarece que reportagem não declara inocência de Bolsonaro

Uma reportagem do Jornal Nacional foi distorcida nas redes sociais, levando à disseminação de desinformação sobre as ações de Jair Bolsonaro. O vídeo, que circula com a legenda "Jornal Nacional inocenta Bolsonaro ao vivo para todo o Brasil", omite trechos cruciais que esclarecem que a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e o estado de sítio não apoiam tentativas de golpe de Estado.

Na reportagem exibida em 19 de maio de 2025, o repórter mencionou que o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou que Bolsonaro apresentou um "estudo" sobre a GLO e o estado de sítio. Contudo, a parte em que o jornalista ressalta que essas medidas não respaldam uma ruptura institucional foi cortada, alterando o significado original da informação.

O UOL Confere classificou como distorcido o conteúdo que utiliza informações verdadeiras fora de seu contexto. O ex-presidente Bolsonaro compartilhou o vídeo enganoso em suas redes sociais, acumulando mais de 94 mil curtidas no Facebook. O conteúdo também foi verificado por outras plataformas, como o Aos Fatos.

Depoimentos no STF

Os depoimentos no STF, considerados parte do "núcleo crucial" da tentativa de golpe após as eleições de 2022, incluem Bolsonaro e sete de seus aliados. O ex-presidente acompanhou a sessão por videoconferência. Durante o depoimento de Freire Gomes, o ministro Alexandre de Moraes o confrontou, sugerindo que o general estava mentindo sobre a natureza do "estudo" apresentado.

A viralização do vídeo enganoso foi significativa, com um post similar no Instagram registrando mais de 3.000 curtidas. O UOL Confere, iniciativa para combater notícias falsas, recomenda que os usuários enviem informações suspeitas para verificação.