24 de mai 2025
Barroso defende verdade e simplicidade na comunicação do Judiciário em encontro nacional
Barroso e Fachin defendem comunicação clara e ética no Judiciário para combater desinformação e fortalecer a democracia.
Luís Roberto Barroso discursa em evento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em Brasília. (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)
Ouvir a notícia:
Barroso defende verdade e simplicidade na comunicação do Judiciário em encontro nacional
Ouvir a notícia
Barroso defende verdade e simplicidade na comunicação do Judiciário em encontro nacional - Barroso defende verdade e simplicidade na comunicação do Judiciário em encontro nacional
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, afirmou que é necessário combater a mentira durante o 4.º Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, realizado em Brasília. O evento, que ocorre até esta sexta-feira, 23, visa discutir a comunicação institucional em um contexto de desinformação crescente.
Barroso destacou que a mentira se tornou uma estratégia política em um mundo onde cada grupo cria suas próprias narrativas. Ele enfatizou que o Judiciário, por lidar com questões centrais da sociedade, tem sido alvo de críticas. Para enfrentar essa situação, Barroso propôs uma "revolução da simplicidade" na comunicação, com o uso de uma linguagem mais clara e acessível.
O ministro também mencionou os impactos das plataformas digitais, que incluem a circulação irrestrita de informações e a segmentação social em "tribos". Ele alertou que, embora o acesso ao debate público tenha se tornado mais democrático, isso facilitou a propagação de desinformação e discursos de ódio. Barroso ressaltou que os fatos objetivos precisam ser compartilhados, destacando o papel da imprensa nesse processo.
Comunicação Ética e Acessível
O ministro Edson Fachin, presente no encontro, reforçou a importância de uma comunicação pública ética, nítida e acessível para a preservação da democracia. Ele destacou que a era digital traz desafios como a manipulação informativa. Fachin defendeu uma abordagem mais empática e interativa, afirmando que "a qualidade da comunicação é simétrica à qualificação da escuta".
Fachin também pediu uma postura institucional mais ativa e transparente, ressaltando que "a comunicação do Judiciário é, antes de tudo, um ato de justiça". Ele concluiu que, ao comunicar com responsabilidade, é possível garantir que a justiça seja percebida e compreendida pela sociedade.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.