28 de mar 2025
Barroso alerta sobre uso de mentiras na política e pede regulamentação das redes sociais
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, pede regulamentação urgente das redes sociais e inteligência artificial para combater a desinformação.
Presidente do STF, Luís Roberto Barroso (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou em uma aula magna na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que a desinformação e a disseminação de mentiras se tornaram estratégias políticas. Ele observou que a revolução digital, apesar de seus avanços, trouxe consequências negativas, como a tribalização e a radicalização das opiniões. Barroso afirmou que as redes sociais, através de algoritmos, criam bolhas informativas que isolam os usuários de ideias opostas, intensificando a intolerância.
O ministro enfatizou que a perda de espaço da imprensa profissional permitiu que cada indivíduo criasse suas próprias narrativas, contribuindo para a desinformação. Ele defendeu a necessidade de espaços onde as pessoas possam compartilhar fatos e divergir a partir deles, afirmando que “as pessoas têm direito à sua própria opinião, mas não ao seu próprio fato”. Barroso alertou que a mentira é frequentemente utilizada como uma ferramenta política, o que pode levar a consequências graves para a democracia.
Barroso também abordou a importância da regulamentação das redes sociais para conter a propagação de notícias falsas, afirmando que “conteúdos inautênticos precisam ser reprimidos”. Ele ressaltou a necessidade de equilibrar essa regulamentação com a liberdade de expressão, destacando que a velocidade do avanço tecnológico representa um desafio para a criação de normas eficazes. O ministro mencionou que a regulação da inteligência artificial deve ser feita de forma cuidadosa para evitar inibições à criatividade.
Por fim, Barroso defendeu a educação midiática como uma forma de prevenir o mau uso das novas tecnologias e os impactos negativos que podem surgir, como ataques à democracia. Ele concluiu sua aula afirmando que o Brasil ainda precisa ser guiado na direção correta, mencionando que “ainda acontecem coisas erradas” no país.
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