Política

Israel Vallarta aguarda há quase 20 anos por sentença em caso marcado por tortura e injustiça

Após quase 20 anos de prisão sem sentença, Israel Vallarta aguarda decisão judicial em meio a incertezas e pedidos de pena de 329 anos.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ouvir a notícia

Israel Vallarta aguarda há quase 20 anos por sentença em caso marcado por tortura e injustiça - Israel Vallarta aguarda há quase 20 anos por sentença em caso marcado por tortura e injustiça

0:000:00

Israel Vallarta, preso há dezenove anos e seis meses, aguarda uma sentença em seu caso, que será decidido na audiência final marcada para 31 de janeiro de 2025. Vallarta e Florence Cassez foram detidos em dezembro de 2005, acusados de liderar uma quadrilha de sequestradores. Cassez foi libertada em 2013, mas Vallarta permanece encarcerado.

Recentemente, a defesa de Vallarta conseguiu que a instrução do caso fosse encerrada, após uma batalha judicial de dois anos. A Fiscalia General de la República (FGR), que já reconheceu que o caso é um montagem, ainda pede uma pena de 329 anos de prisão para Vallarta. A escolha de novos juízes em junho de 2024 pode atrasar ainda mais a resolução do caso, que já se arrasta por quase duas décadas.

Condições de Detenção

Vallarta enfrenta sérios problemas de saúde, incluindo artrose, surdidez e insônia, resultado das torturas sofridas durante a detenção. Sua esposa, Mary Sainz, relatou que ele teve um derrame ocular devido ao estresse. A situação se agrava com a iminente eleição de juízes, que pode resultar em um novo magistrado para o caso, prolongando ainda mais sua espera por justiça.

A complexidade do caso de Vallarta, que envolve quarenta e cinco volumes e vinte mil páginas, torna a análise judicial demorada. A atual juíza, que estuda o caso desde janeiro, também está concorrendo a um cargo na eleição judicial. Se não for reeleita, um novo juiz terá que revisar todo o processo, o que pode resultar em mais tempo de prisão sem sentença.

Reconhecimento de Irregularidades

A Suprema Corte de Justiça do México já reconheceu que as provas contra Vallarta e Cassez estavam contaminadas. O conceito de “efeito corruptor”, introduzido pelo ministro Arturo Zaldívar, é um padrão para garantir os direitos humanos dos acusados. Apesar disso, Vallarta continua preso, enquanto a FGR mantém sua posição, mesmo diante de contradições em suas declarações.

A situação de Vallarta é emblemática de um sistema judicial que ainda enfrenta desafios significativos. A defesa e a família continuam a lutar pela absolvição, enquanto a FGR persiste em sua ação, ignorando as evidências que indicam a fragilidade do caso.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela