25 de mai 2025
Slavoj Žižek critica a ideia de progresso e defende um comunismo global em tempos de crise
Žižek alerta para a iminência de estados de emergência globais e defende controle coletivo sobre o capitalismo em nova entrevista.
Foto: Reprodução
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Slavoj Žižek, filósofo esloveno de 76 anos, expressou seu pessimismo sobre o futuro em uma recente entrevista. Ele defendeu a necessidade de um controle coletivo mais forte sobre o capitalismo e alertou para a iminência de estados de emergência globais. A conversa ocorreu por videoconferência, onde Žižek se mostrou enérgico e provocador, como é seu estilo.
O filósofo, conhecido por suas críticas ao capitalismo, afirmou que a era do estado de bem-estar social na Europa chegou ao fim. Ele destacou que o mundo enfrenta três megaproblemas: a guerra nuclear, a crise ecológica e os desafios da inteligência artificial. Segundo Žižek, a solução passa por uma cooperação global mais robusta, que não pode ser deixada apenas ao mercado.
Žižek também comentou sobre a ascensão da direita populista, que, segundo ele, está realizando uma revolução ao mudar o capitalismo. Ele observou que a esquerda, por sua vez, se tornou a guardiã da ordem, perdendo a capacidade de inovar. O filósofo acredita que a esquerda deve se concentrar em submeter o capitalismo a um controle coletivo mais forte, mesmo que isso signifique um estado mais forte, mas não necessariamente totalitário.
Em relação à democracia, Žižek se mostrou cético sobre sua eficácia em situações de emergência. Ele argumentou que, em tempos críticos, as pessoas tendem a priorizar a eficiência em vez da liberdade. O filósofo citou o exemplo da pandemia, onde decisões centralizadas foram necessárias para enfrentar a crise.
Por fim, Žižek criticou a cultura do cancelamento, afirmando que, embora seu objetivo aparente seja promover a diversidade, na prática exclui aqueles que não se encaixam em suas definições. Ele se posicionou contra a ideia de que tudo deve girar em torno do consentimento, especialmente em relações de exploração.
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