28 de mai 2025
Polícia Federal investiga esquema de corrupção no STJ com lavagem de dinheiro sofisticada
Investigações da PF revelam esquema sofisticado de corrupção no STJ, com lavagem de dinheiro e propinas envolvendo assessores e lobistas.
Foto: Reprodução
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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias as investigações sobre um esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso, que já havia sido estendido anteriormente, envolve lobistas e desembargadores de Mato Grosso, além de ex-assessores de quatro gabinetes do STJ. A investigação tramita sob sigilo devido a menções a ministros da Corte.
A Polícia Federal (PF) identificou métodos sofisticados de lavagem de dinheiro e propinas, incluindo saques milionários e diálogos que sugerem entregas de dinheiro em espécie. Três ex-assessores estão sob investigação por discrepâncias financeiras. Entre os alvos, está o motorista João Batista Silva, que recebeu R$ 2,625 milhões de uma empresa ligada ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, central no escândalo.
Os investigadores descobriram que o esquema é mais complexo do que inicialmente pensado. A PF rastreou saques e mensagens que indicam a entrega de dinheiro vivo. Em uma conversa, um ex-assessor mencionou ter transportado uma "encomenda" para um chefe de gabinete de um ministro, sugerindo a entrega de propina. Além disso, a PF encontrou indícios de uma rede financeira que dissimula pagamentos de propinas, rompendo a ligação direta entre corruptores e servidores públicos.
Discrepâncias Financeiras
A análise da PF revelou "discrepâncias significativas" nas movimentações financeiras de assessores do STJ. Entre os investigados estão Daimler Alberto de Campos, ex-chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, e Rodrigo Falcão de Oliveira Andrade, ex-chefe do gabinete do ministro Og Fernandes. A PF aponta que as movimentações financeiras desses assessores não correspondem às receitas declaradas, levantando suspeitas de omissão de receitas.
A investigação também apura a relação dos assessores com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. A defesa de Daimler nega irregularidades e afirma que ele não conhece Andreson. A PF continua a investigar outros métodos de lavagem de dinheiro, incluindo o uso de boletos falsos e compensações financeiras por meio de faturas falsas. A situação permanece em desenvolvimento, com a PF buscando rastrear todas as operações financeiras relacionadas ao caso.
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