Política

PGR apoia prorrogação de investigação sobre venda de sentenças no STJ

A Procuradoria Geral da República (PGR) prorrogou investigações por 45 dias. O inquérito apura venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Motorista ligado ao lobista recebeu R$ 2,625 milhões entre 2019 e 2023. Investigação envolve desembargadores do Mato Grosso e ex servidores do STJ. Caso tramita sob sigilo e menciona um ministro do Supremo Tribunal Federal.

O ministro do STF Cristiano Zanin Martins, relator do caso (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou apoio ao pedido da Polícia Federal (PF) para estender por 45 dias as investigações sobre um esquema de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O inquérito, que tramita sob sigilo, é relatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin Martins. A PF justificou a prorrogação para finalizar a análise de materiais coletados em operações de busca e apreensão e relatórios de inteligência financeira que revelaram movimentações bancárias suspeitas.

As investigações focam em uma rede de lobistas, desembargadores do Mato Grosso e ex-servidores de quatro gabinetes do STJ. O procurador-geral, Paulo Gonet, afirmou que a prorrogação é necessária para a realização das diligências solicitadas pela PF. Informações obtidas indicam que o motorista João Batista Silva recebeu, entre 2019 e 2023, R$ 2,625 milhões de uma empresa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, central no escândalo que envolve o STJ.

Andreson e sua esposa, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, são alvos principais da investigação, que também inclui ex-servidores de gabinetes de ministros do STJ. O caso é tratado com sigilo no Supremo devido a menções a pelo menos um ministro da Corte, Paulo Moura Ribeiro, e investigações em torno dos gabinetes dos ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes e Nancy Andrighi. A situação gerou constrangimentos entre os integrantes do STJ.

Uma das linhas de investigação da PF sugere que Andreson estaria envolvido em lavagem de dinheiro, utilizando transferências para "contas de passagem" de pessoas físicas e jurídicas, além de saques e entrega de dinheiro em espécie. As apurações continuam em andamento, com a expectativa de que a prorrogação do prazo contribua para elucidar os fatos.

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